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Bolsonaro é submetido a endoscopia e deve intensificar medicação por esofagite intensa, diz boletim

Ex-presidente cancelou agendas nesta terça-feira depois de ter novas crises de soluços, e deve ficar um mês sem compromissos externos

Agência o Globo
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Publicado em 2 de julho de 2025 às 13h46.

Última atualização em 2 de julho de 2025 às 15h09.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) realizou exames, na manhã desta quarta-feira, 2, que apontaram uma "intensa esofagite com processo inflamatório, erosões mucosas e gastrite moderada".

Bolsonaro passou por uma endoscopia digestiva no Hospital DF Star, em Brasília, e deve passar por tratamento medicamentoso. A informação foi divulgada em boletim médico e compartilhada no perfil do ex-presidente.

Mais cedo, Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle já haviam publicado a orientação de que o ex-presidente deveria permanecer em repouso doméstico durante todo o mês de julho. No comunicado, Michelle afirmou que ele permanecerá em "repouso domiciliar para recuperação completa" depois de "cirurgia extensa e internação prolongada, episódio de pneumonia e crises recorrentes de soluços, que dificultam sua fala".

Com a mudança no quadro de saúde, Bolsonaro cancelou as agendas previstas em Santa Catarina e Rondônia. A ausência nos compromissos foram comunicados a aliados ontem, depois do ex-presidente faltar ao evento do PL 60+ na Câmara dos Deputados, em Brasília.

O ex-presidente havia retomado as agendas do PL cinco dias após ele retomar as atividades, uma semana após ficar afastado devido a uma pneumonia infecciosa. Desde então, Bolsonaro fazia tratamento com antibióticos. A recomendação médica era de repouso e redução de atividades públicas, mas o ex-mandatário esteve presente na manifestação na Avenida Paulista, como a realizada neste domingo, e viajou para Belo Horizonte na semana passada.

Crises de soluços constantes

Assim como na última vez em que se indispôs e cancelou agendas, em Goiás, Bolsonaro estava com um quadro de soluços prolongados. Na época, o próprio ex-presidente falou do problema ao deixar o hospital.

"Uma coisa rara, ninguém consegue diagnosticar. Anos atrás já tive esse mesmo problema, anos atrás já tive os mesmos episódios, é uma crise que dura 24 horas, até uma semana de soluço", disse a jornalistas. "É em função da facada, e a última cirurgia meu sentimento como paciente é que foi muito bem executada".

O episódio ocorre cerca de dois meses depois do ex-chefe do Executivo ter sido submetido a mais uma cirurgia abdominal. Desde que foi esfaqueado durante a campanha eleitoral de 2018, ele enfrenta complicações recorrentes e já passou por sete procedimentos cirúrgicos.

Em junho, o médico responsável por Bolsonaro, Cláudio Biroloni, disse que o ex-presidente precisará passar por uma “reeducação” alimentar para que o quadro de soluços seja resolvido.

"Ele come muito rápido, engole a comida sem mastigar, fala enquanto come. Será preciso reeducá-lo para diminuir as crises de soluço", apontou o médico.

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