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Bolsonaro e Rodrigo Garcia devem se encontrar em SP para definir alianças

A reunião deve ocorrer no Aeroporto de Congonhas, na zona sul da capital

Candidato à reeleição, o chefe do Executivo falou em "namoro" com Garcia, uma metáfora que costuma usar para se referir a alianças políticas (Rodrigo Paiva/Getty Images)

Candidato à reeleição, o chefe do Executivo falou em "namoro" com Garcia, uma metáfora que costuma usar para se referir a alianças políticas (Rodrigo Paiva/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de outubro de 2022 às 14h45.

Última atualização em 4 de outubro de 2022 às 14h46.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) deve se encontrar nesta terça-feira, 4, com o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), para negociar o apoio do tucano no segundo turno contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A reunião deve ocorrer no Aeroporto de Congonhas, na zona sul da capital. Candidato à reeleição, o chefe do Executivo falou em "namoro" com Garcia, uma metáfora que costuma usar para se referir a alianças políticas.

Garcia ficou em terceiro lugar no primeiro turno da disputa pelo Palácio dos Bandeirantes, depois de décadas de hegemonia do PSDB no governo do Estado. O ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos), apoiado por Bolsonaro, e o ex-prefeito Fernando Haddad (PT), candidato de Lula, se enfrentam no segundo turno. Além de marcar a conversa com Bolsonaro, o tucano também intensificou as negociações para apoiar Tarcísio. A informação foi antecipada pela jornalista Vera Magalhães e confirmada pelo Broadcast Político.

"Está previsto eu conversar com o Rodrigo hoje. Mas é uma questão nacional, não é uma questão local. Questão local ele trataria com o Tarcísio, desconheço qualquer trabalho nesse sentido. Comigo, vou conversar com o Rodrigo Garcia. Está previsto, pessoalmente, não bati o martelo ainda. Seria no aeroporto de São Paulo. Não vou poder ir lá no governo dele porque minha agenda está muito apertada lá em São Paulo", declarou Bolsonaro, ao ser questionado sobre o apoio de Garcia a Tarcísio.

O presidente disse acreditar que uma parte "considerável" dos tucanos deve apoiá-lo. A campanha de Bolsonaro espera que prefeitos do interior paulista decidam endossar a candidatura à reeleição do chefe do Executivo para tentar evitar uma vitória do PT. "Eu acredito que, naturalmente, uma parte considerável do PSDB viria comigo em São Paulo, não vai apoiar o PT, até pelo histórico do Lula, o estrago que o Haddad fez em São Paulo também, pior prefeito da história da capital paulista", disse o presidente.

"Conversar sobre política. É igual a um namoro, né? Você parte para o noivado ou não", respondeu o presidente, sobre o teor da conversa com Garcia. Bolsonaro terminou o primeiro turno à frente de Lula em São Paulo, ao contrário do que indicavam as principais pesquisas de intenção de voto. O candidato à reeleição obteve 47,71% dos votos válidos, contra 40,89% do petista.

Na segunda-feira, 3, o ex-governador Márcio França (PSB) disse ter ligado para Garcia, mas afirmou que não foi abordado um eventual apoio a Haddad. "Não chegamos a esse ponto, mas acho que vai chegar. Não tem condição de Rodrigo e todo mundo que é democrata não vai fazer campanha para alguém que não é do Estado", afirmou.

Nesta terça o presidente recebeu o apoio formal do governador reeleito de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo). No Estado, que é o segundo maior colégio eleitoral do País, Lula liderou no primeiro turno. A campanha de Bolsonaro aposta agora em uma virada com o apoio de Zema, que fez críticas ao PT e disse que a gestão do partido em Minas foi "desastrosa". Bolsonaro afirmou que o apoio de Zema à sua candidatura é "bem-vindo", "essencial" e "decisivo".

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