Bolsonaro: Ao longo de sua gestão, ex-presidente se recusou a informar se tomou a vacina contra a covid-19 (Ton Molina/Bloomberg/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 19 de março de 2024 às 08h23.
Última atualização em 19 de março de 2024 às 08h24.
A Polícia Federal indiciou nesta terça-feira, 19, o ex-presidente Jair Bolsonaro por associação criminosa e inserção de dados falsos no sistema público de saúde. A investigação apura a falsificação de certificados de vacinas de Covid-19. A informação foi divulgada pelo blog da Daniela Lima, do G1.
De acordo com informações, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens no governo Bolsonaro e o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ), também estão entre os investigados. O indiciamento por parte da PF significa que o processo irá para o Ministério Público, que decide se irá apresentar a denúncia ou arquivar o caso.
Ao longo de sua gestão, Bolsonaro se recusou a informar se tomou a vacina contra a covid-19. Questionado por meio de Lei de Acesso à Informação, o governo impôs um sigilo de até cem anos aos dados sob a justificativa que isso se referia à vida privada do então presidente.
Em maio de 2023, Mauro Cid chegou a ser preso pelos indícios da suposta falsificação. Na época, segundo a PF, a falsificação tinha como objetivo viabilizar a entrada de Jair Bolsonaro aos Estados Unidos.
Em janeiro do mesmo ano, um grupo de hackers divulgou um cartão de vacinação que supostamente seria de Bolsonaro. Nele constava o registro de uma dose da vacina contra a covid-19, que teria sido aplicada em uma unidade de saúde em São Paulo, com data de 19 de julho de 2021.