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Bolsonaro e Haddad vão para o 2º turno das eleições presidenciais

Após quase encerrar apurações das urnas, o candidato pesselista teve 46,70% de votos contra 28,37% do petista

Fernando Haddad e Jair Bolsonaro (Montagem/Exame)

Fernando Haddad e Jair Bolsonaro (Montagem/Exame)

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Clara Cerioni

Publicado em 7 de outubro de 2018 às 20h52.

Última atualização em 7 de outubro de 2018 às 21h42.

São Paulo — Com quase 100% das urnas apuradas, a eleição presidenciável no Brasil terá 2º turno. Em 28 de outubro, Jair Bolsonaro (PSL) disputará o cargo com Fernando Haddad (PT). O candidato pesselista conquistou 46,58% do total de votos. O petista ficou com 28,54% do eleitorado.

Apesar do crescimento do capitão reformado nas últimas semanas, o avanço não foi suficiente para ganhar o jogo logo no primeiro turno. Já o ex-prefeito de SP conquistou seus votos mais significativos na região Nordeste, berço de seu padrinho político, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Ambos os candidatos concorrem à Presidência pela primeira vez na carreira política deles. O candidato pesselista conquistou o voto de mais de 48 milhões de eleitores. O petista ficou com quase 30 milhões.

Apesar dos esforços das últimas semanas de Ciro Gomes (PDT), tanto entre eleitores quanto do próprio presidenciável, o pedetista não ultrapassou Haddad e terminou em terceiro lugar, com 12,52% dos votos.

Geraldo Alckmin (PSDB) ficou em quarto lugar com 4,8% dos votos.

Estratégias dos candidatos

Para a disputa na segunda votação, as equipes dos presidenciáveis já definem algumas estratégias para as próximas três semanas.

Na manhã deste domingo, aliados de Fernando Haddad ainda se estranharam em relação à postura que o candidato irá adotar para combater Bolsonaro.

A principal divergência está entre aproveitar um discurso de ataque contra o adversário ou apostar na discussão de propostas e no desgaste gradual do pesselista.

“No segundo turno, tem que focar em propostas. O discurso moral e os ataques ficam para os eleitores”, disse um parlamentar petista. “Ele teria que bater mais”, falou outro aliado, em discordância.

Já entre os aliados do capitão reformado, o tom da publicidade e dos discursos de campanha será a de mobilização e foco no ataque aos concorrentes.

Gustavo Bebbiano, presidente do PSL, afirmou neste domingo que o segundo turno será de confronto. “É porrada. Se tiver um segundo turno, o confronto vai ser direto. Com o PT não tem conversa”, ressaltou.

Eleição sem precedentes

A corrida eleitoral deste ano foi marcada por situações inéditas e sem precedentes na história moderna do país.

O combate às fake news, que tem o WhatsApp como seu principal propulsor, se consagrou como o principal desafio das autoridades, dos eleitores e da mídia durante os meses que antecederam o pleito.

Só neste domingo, durante a votação, os tribunais eleitorais desmentiram diversos boatos sobre as urnas. Em Minas Gerais, por exemplo, o TRE afirmou que boato de que urna não processa voto para presidente é falso.

Anteriormente, houve também atentados aos políticos, como o ataque à faca que afastou Bolsonaro da campanha eleitoral por mais de vinte dias.

Além da destruição por dois candidatos do PSL da placa em homenagem à ex-vereadora Marielle Franco, assassinada no começo do ano e o ataque a tiros contra o Major Costa e Silva (DC), candidato ao governo de São Paulo.

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