Jair Bolsonaro: ex-presidente foi internado para tratar de uma obstrução parcial do intestino ( Reprodução/Redes sociais)
Publicado em 4 de maio de 2025 às 09h15.
Última atualização em 4 de maio de 2025 às 11h27.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu alta na manhã deste domingo, 4, três semanas após passar por uma cirurgia para desobstruir o intestino. O político estava internado desde 12 de abril no DF Star, em Brasília. Esta foi a sétima cirurgia desde que Bolsonaro foi vítima de uma facada em 2018.
Em uma publicação nas redes sociais mais cedo, o ex-presidente havia informado que deixaria o hospital ainda hoje. "Depois de 3 semanas, alta prevista para hoje, domingo, às 10h. Obrigado meu Deus por mais esse milagre (12 horas de cirurgia)", disse no X.
Em sua mensagem, o político afirmou que seu próximo compromisso será "acompanhar A Marcha Pacífica da Anistia Humanitária na próxima 4ª feira, de 07 de maio, com início às 16h da Torre de TV até o Congresso".
A manifestação busca pressionar políticos e angariar apoio popular pela Lei da Anistia, que, se aprovada, dará perdão aos condenados pela intentona golpista de 8 de janeiro de 2023. No Congresso, o projeto passa por uma série de obstáculos.
Bolsonaro também agradeceu, em sua mensagem, ao trabalho da equipe do Hospital DF Star, em Brasília, onde foi operado e permaneceu internado desde 12 de abril por causa de uma grave obstrução intestinal.
Nos últimos dias, Bolsonaro havia apresentado uma evolução positiva, “sem dores, sem febre” e “com a pressão arterial sob controle”, segundo o boletim médico de sábado.
Bolsonaro, que governou o Brasil entre 2019 e 2022, foi submetido a uma cirurgia intestinal em 13 de abril, dois dias depois de relatar dores intensas durante um evento político na cidade de Natal.
O ex-presidente já passou por seis cirurgias para corrigir problemas digestivos desde que, em 2018, foi esfaqueado no abdômen por um portador de transtornos mentais, durante um comício na cidade de Juiz de Fora, em plena campanha eleitoral daquele ano.
A cirurgia de 13 de abril durou aproximadamente 12 horas, sendo a mais complexa à qual ele foi submetido desde o atentado, e serviu para desobstruir o intestino e reconstruir a parede abdominal, segundo seus médicos.
O ex-presidente será julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo em que é acusado juntamente a outras pessoas de liderar uma tentativa de golpe de Estado para tentar se manter no poder após perder as eleições de 2022 para o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva.
Em março, os ministros da primeira turma do STF aceitaram a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) que incluía Bolsonaro e outros seis membros da chamada cúpula da tentativa de golpe, entre eles o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos e o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno.
Agora, o processo está na fase de instrução penal, quando testemunhas da defesa e da acusação são ouvidas e se faz produção de provas documentais e periciais.
Caberá ao ministro Alexandre de Moraes, relator, liberar o caso para julgamento. O presidente da turma, ministro Cristiano Zanin, agendará uma data para a votação.
A expectativa é que o julgamento aconteça entre setembro e outubro deste ano.