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Bolsonaro diz que, se eleito, vai retirar embaixada da Palestina do Brasil

"A Palestina não sendo país, não teria embaixada aqui. Não pode fazer puxadinho, se não vai ter uma representação das Farc aqui também", disse o candidato

Bolsonaro classificou o governo da região como "terrorista" (Leonardo Benassatto/Reuters)

Bolsonaro classificou o governo da região como "terrorista" (Leonardo Benassatto/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de agosto de 2018 às 20h14.

Brasília - O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, afirmou nesta terça-feira, 7, que, caso seja eleito, vai retirar a Embaixada da Palestina do Brasil. Para ele, a representação diplomática não pode existir em Brasília porque "a Palestina não é um país".

"A Palestina não sendo país, não teria embaixada aqui... Não pode fazer puxadinho, se não daqui a pouco vai ter uma representação das Farc aqui também", afirmou Bolsonaro, citando as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, organização paramilitar que atuou por cinco décadas na guerrilha local e que chegou a um acordo de paz com o governo do país em 2016.

Ao citar as negociações feitas pelo gestão da ex-presidente Dilma Rousseff com os palestinos, Bolsonaro classificou o governo da região como "terrorista".

"A Dilma negociou com a Palestina e não com o povo de lá. Você não negocia com terrorista, então, aquela embaixada do lado do (Palácio do) Planalto, ali não é área para isso", disse.

Questionado sobre como será sua atuação na política internacional, Bolsonaro afirmou que buscaria ampliar o diálogo com Israel, com os Estados Unidos e com a Europa.

Ele afirmou também que é preciso "dar a devida estatura" ao Mercosul. "A gente não pode ser um país com o PIB do tamanho de quase toda a América Latina e ficar subordinado a eles", afirmou.

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