Bolsonaro: MPF solicitou a abertura de inquérito para investigar suspeitas de corrupção, peculato por parte de Fabio (Marcos Corrêa/PR/Flickr)
Agência O Globo
Publicado em 28 de janeiro de 2020 às 15h51.
Última atualização em 28 de janeiro de 2020 às 16h39.
Brasília — O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira não ver "nada de errado" no desempenho do chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom) do governo federal, Fabio Wajngarten, após o Ministério Público Federal (MPF) solicitar a abertura de um inquérito para investigar suspeitas de corrupção, peculato e advocacia administrativa por parte de Fabio.
O pedido foi feito com base em representações recebidas pelo órgão. De acordo com Bolsonaro, o Ministério Público "recebe uma série de ações diariamente" e será "dado o devido despacho", desde que hajam indícios.
"O MP recebe uma série de ações diariamente. Olha, vai ser dando o devido despacho por parte do MP. Desde que tenha um indicativo para investigar vai ser investigado. Até o momento, não vi nada de errado por parte do Fabio", disse Bolsonaro, após uma visita ao Ministério da Defesa.
A investigação vai mirar suspeitas de irregularidades no fato de a empresa do chefe da Secom manter contratos com emissoras de televisão e agências de publicidade que recebem verbas do governo federal.
Reportagem da “Folha de S.Paulo” mostrou que Wajngarten, mesmo depois de assumir a Secom, permaneceu com 95% das cotas da FW Comunicação e Marketing. A empresa recebeu, no ano passado, R$ 9.046 mensais da Band (aproximadamente R$ 109 mil por ano) por serviços que incluem estudos sobre anunciantes do mercado e a checagem se peças publicitárias foram de fato veiculadas.