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Bolsonaro diz que não vai tirar Brasil de acordo de Paris sobre clima

Em entrevista coletiva, o presidenciável também disse que não quer uma guerra com a Venezuela e que pode ir à ONU por solução para imigrantes

Bolsonaro: o presidenciável afirmou que não deixará o acordo do clima (Ueslei Marcelino/Reuters)

Bolsonaro: o presidenciável afirmou que não deixará o acordo do clima (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Reuters

Publicado em 25 de outubro de 2018 às 16h58.

Última atualização em 25 de outubro de 2018 às 20h33.

Reuters - O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, disse nesta quinta-feira, 25, que não vai retirar o Brasil do Acordo de Paris sobre mudanças climáticas caso vença o segundo turno da eleição presidencial no próximo domingo e disse que pode recorrer à ONU para tentar um solução para os refugiados venezuelanos no país.

Bolsonaro disse que o Brasil poderia atingir as metas do Acordo de Paris sem aderir ao pacto, mas que o país continuará como signatário.

"Poderia estar buscando essas metas não estando em acordo nenhum. O Brasil não sai, fica no Acordo de Paris", disse ele a jornalistas na casa do empresário Paulo Marinho. O Brasil comprometeu-se a cortar as emissões de gases do efeito estufa em 37 por cento até 2025 abaixo dos níveis de 2005, e possivelmente em 43 por cento até 2030.

No início de setembro, o presidenciável do PSL chegou a dizer que poderia retirar o Brasil do acordo, argumentando que as premissas previstas no pacto afetariam a soberania nacional.

SEM GUERRA

Em entrevista coletiva no Rio de Janeiro, Bolsonaro, que lidera com folga as pesquisas de intenção de voto, também disse que não quer uma guerra com a Venezuela ou com qualquer outro país e declarou que, se eleito, buscará a Organização das Nações Unidas (ONU) para tratar da questão dos refugiados venezuelanos.

"Ninguém quer fazer guerra com ninguém não. Temos que buscar maneiras, talvez junto à ONU, de criar ali áreas e campos de refugiados. Roraima não suporta a quantidade de venezuelanos que está entrando lá", afirmou ele.

Sobre a redução na vantagem sobre o presidenciável petista Fernando Haddad na pesquisa Ibope, quando a diferença caiu de 18 para 14 pontos percentuais, o candidato do PSL argumentou que a alteração foi uma oscilação dentro da margem de erro.

Ainda assim, voltou a fazer um apelo para seus apoiadores. "Não está garantida minha eleição no próximo domingo... peço aos meus eleitores e outros que não aceitem provocações."

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