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Bolsonaro diz que mensagens trocadas no Whatsapp são de "cunho pessoal"

Presidente compartilhou um vídeo que convoca população para atos contra o Congresso e STF a serem realizados em março

Jair Bolsonaro: presidente publicou vídeo em grupo no WhatsApp chamando para protestos (Foto: Carolina Antunes/PR/Flickr)

Jair Bolsonaro: presidente publicou vídeo em grupo no WhatsApp chamando para protestos (Foto: Carolina Antunes/PR/Flickr)

AO

Agência O Globo

Publicado em 26 de fevereiro de 2020 às 10h41.

Última atualização em 26 de fevereiro de 2020 às 11h14.

Brasília — O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (26) que as mensagens trocadas com amigos pelo celular são "de cunho pessoal".

A afirmação ocorreu um dia após Bolsonaro compartilhar por WhatsApp um vídeo convocando a população para atos contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF), marcados para ocorrer no dia 15 de março.

Em texto publicado em suas redes sociais, o presidente não fez referência direta ao episódio, mas afirmou que troca mensagens "de forma reservada" com "poucas dezenas de amigos" no aplicativo de mensagens. Na mensagem, Bolsonaro também afirma que usa suas redes sociais para manter "uma intensa agenda de notícias não divulgadas por parte da imprensa tradicional".

 

Amigo do presidente, o ex-deputado federal Alberto Fraga (DEM-DF) confirmou ao jornal O GLOBO ter recebido o vídeo de Bolsonaro. Os atos foram marcados por apoiadores do presidente em defesa do governo, dos militares e contra o Congresso. A mobilização ganhou força na semana passada, após o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, ter atacado parlamentares, acusando-os de fazer “chantagem”.

Embora não haja referência ao Congresso ou ao STF no vídeo, a peça deixa explícita a chamada para os atos do dia 15 que têm sido convocados também como protesto contra as duas instituições. “Dia 15 de março mostre que você é patriota”, conclui o vídeo.

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