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Bolsonaro diz que juiz de garantia não é ataque à Lava Jato

A figura do juiz está prevista no projeto anticrime, aprovado pelo Congresso Nacional e sancionado pelo presidente na semana passada

Jair Bolsonaro: presidente aprovou criação do juiz de garantias apesar de recomendação de Moro para veto à proposta (Adriano Machado/Reuters)

Jair Bolsonaro: presidente aprovou criação do juiz de garantias apesar de recomendação de Moro para veto à proposta (Adriano Machado/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 5 de janeiro de 2020 às 13h01.

O presidente Jair Bolsonaro disse durante uma live no Facebook, que o instrumento do juiz de garantia não representa um ataque à Operação Lava Jato. A figura do juiz de garantia está prevista no projeto anticrime, aprovado pelo Congresso Nacional e sancionado pelo presidente na semana passada.

Pela nova lei, o magistrado responsável pela condução do processo (juiz de garantias) não vai proferir a sentença do caso.

"O juiz de garantias, apesar das críticas que recebeu, não é nenhum ataque à Lava Jato. Vai demorar anos para ser colocado em prática. [O instrumento] já existe no Brasil, que são as centrais de inquérito. A própria Lava Jato não teve só o [Sergio] Moro que trabalhou. [...] Foram vários outros juízes do lado dele", disse Bolsonaro.

O presidente também falou na live sobre o Fundo Eleitoral, outro tema que gerou críticas nas redes sociais. Segundo Bolsonaro, se o Parlamento tivesse aprovado um fundo de R$ 3,8 bilhões no Orçamento de 2020 ele teria como vetar, pois feriria o interesse público.

Em dezembro, o Congresso aprovou o Orçamento para 2020 com a previsão de R$ 2 bilhões para o Fundo Eleitoral. O texto seguiu para análise do presidente da República, a quem cabe sancioná-lo ou vetá-lo.

"Eu te pergunto posso vetar o orçamento da Educação? Não posso, porque está na lei, a mesma coisa da Saúde e a mesma coisa do Fundão, é [uma] lei de 2017. Se eu vetar incorre em crime de responsabilidade. Estou atentando contra a lei, corro o risco de impeachment. E qualquer um do povo pode entrar com o pedido de impeachment", explicou o presidente.

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