Presidente Jair Bolsonaro durante assinatura do decreto que muda normas para posse e porte de armas, nesta terça-feira, 7 (Adriano Machado/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 8 de maio de 2019 às 14h35.
Última atualização em 8 de maio de 2019 às 15h30.
Rio — O presidente da República, Jair Bolsonaro, ao ser questionado sobre o porte de armas, liberado para categorias como políticos, advogados e jornalistas, se limitou a afirmar que estava cumprindo a lei.
"Eu não posso ir além da lei, tudo o que podia ser concedido por decreto, nós o fizemos desde ontem e estamos cumprindo dessa forma uma manifestação popular efetivada em 2005 pela ocasião do referendo. Nada mais fizemos do que o que estava ao alcance via decreto e atendendo à apuração que foi às urnas, decidindo pelo direito da legítima defesa", afirmou.
Evitando responder perguntas que tocassem em temas polêmicos, Bolsonaro falou com jornalistas após a cerimônia de comemoração do Dia da Vitória, no Rio de Janeiro.
Ele se recusou a responder sobre a relação dos militares com o guru do governo, Olavo de Carvalho, sobre os novos ministérios e sobre as ações do governador do Rio, Wilson Witzel, que lhe valeram uma denúncia à OEA.
"Você não tem uma pergunta mais inteligente a fazer?", disse Bolsonaro, de forma ríspida a um repórter que perguntou sobre os militares e Olavo de Carvalho. "Se for por essa linha vai acabar a entrevista", respondeu a quem perguntou sobre os novos ministérios.