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Bolsonaro diz que convidou Santos Cruz para ser presidente dos Correios

Presidente havia anunciado que pretende demitir o presidente dos Correios, general Juarez Cunha, por ele ter agido "como um sindicalista"

Bolsonaro: presidente disse que irá demitir o atual presidente dos Correios e que convidou Santos Cruz para a vaga (Alan Santos/PR/Flickr)

Bolsonaro: presidente disse que irá demitir o atual presidente dos Correios e que convidou Santos Cruz para a vaga (Alan Santos/PR/Flickr)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de junho de 2019 às 13h56.

Brasília - O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta sexta-feira, 14, que vai demitir o presidente dos Correios, general Juarez Aparecido de Paula Cunha. Em café da manhã com jornalistas, o presidente justificou que ele "foi ao Congresso e agiu como sindicalista". O presidente informou, ainda, que convidou o general Santos Cruz para ocupar a vaga, mas adiantou que não tem o nome do substituto.

Santos Cruz foi demitido na quinta-feira, 13, da Secretaria de Governo, ministério que cuida, por exemplo, da verba de publicidade do governo. O jornal O Estado de S. Paulo participou da entrevista do presidente nesta sexta-feira.

No último dia 5 de junho, o presidente dos Correios esteve no Congresso quando fez críticas ao processo de privatização da empresa. Segundo o jornal Gazeta do Povo, na ocasião, o presidente dos Correios disse: "Eu não queria falar de privatização, até porque não é problema meu, se privatizarem uma parte dos Correios, eu acredito que vai ser do lado bom, o que tirar daqui vai faltar lá. E quem vai pagar essa conta? Esse alguém será o Estado brasileiro ou o cidadão brasileiro que paga imposto. É um negócio complicado."

O discurso vai na contramão do próprio governo. O presidente Jair Bolsonaro é quem determinou a venda da empresa.

O presidente dos Correios, general Juarez Aparecido de Paula Cunha, assumiu a estatal ainda no governo do ex-presidente da República Michel Temer, quando a empresa estava sob o guarda-chuva do ex-ministro das Comunicações, Gilberto Kassab.

Diferente da posição do presidente Jair Bolsonaro, o general foi contrário à privatização dos Correios. Depois de resultados negativos bilionários em 2015 e 2016, os Correios registraram lucro de R$ 667 milhões em 2017. O número de 2018 ainda não foi divulgado, mas há indicativo de que será positivo.

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