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Bolsonaro: Aliança não disputará eleições de 2020 se TSE vetar assinaturas

Possibilidade citada por Bolsonaro de obter assinaturas digitais para criação da nova legenda não é prevista por TSE

Jair Bolsonaro: após sair do PSL, presidente assinará criação de novo partido nesta quinta-feira (Ueslei Marcelino/Reuters)

Jair Bolsonaro: após sair do PSL, presidente assinará criação de novo partido nesta quinta-feira (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Reuters

Publicado em 21 de novembro de 2019 às 09h19.

Última atualização em 21 de novembro de 2019 às 12h54.

São Paulo — O presidente Jair Bolsonaro reconheceu nesta quinta-feira que o novo partido criado por ele, a Aliança pelo Brasil, não conseguirá disputar as eleições municipais de 2020 se o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vetar a coleta eletrônica de assinaturas, e disse que nenhum ministro fará parte da legenda para evitar acusações de uso da máquina pública.

Bolsonaro tem presença prevista nesta quinta na primeira convenção nacional da Aliança, partido criado por ele após romper com o PSL, pelo qual se elegeu presidente no ano passado.

Para estar apto a disputar a eleição municipal do ano que vem, o partido precisa formalizar seu registro junto ao TSE até o início de abril. Para isso, são necessárias cerca de 492 mil assinaturas em pelo menos 9 Estados -- que precisam ser conferidas pelos Tribunais Regionais Eleitorais de cada Estado.

"Estamos aguardando a decisão do TSE se pode ocorrer a assinatura eletrônica. O voto pode, assinatura não pode? Não sei. De acordo com a decisão, a gente vai saber se forma para março ou para o final do ano que vem", disse Bolsonaro a jornalistas na saída do Palácio da Alvorada.

"Se for possível (assinatura) eletrônica a gente forma o partido para março, se não for possível, eu não vou entrar em disputas municipais no ano que vem, estou fora", acrescentou.

Atualmente, a possibilidade aventada por Bolsonaro de obter assinaturas digitais para apoio à criação da nova legenda não está prevista em resolução do TSE.

O presidente também acrescentou que o novo partido não contará com nenhum dos atuais ministro do governo. "Não vamos ter a participação do governo na criação do partido... para evitar interpretação equivocada de que estou usando a máquina pública para formar um partido, zero", afirmou.

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