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Bolsonaro diz que advertiu filho por fala "absurda" sobre fechar o STF

Ao comentar fala do filho sobre o fechamento do STF, Bolsonaro afirmou que quem fala em fechar o Supremo deveria "consultar um psiquiatra"

Bolsonaro: "Ele já assumiu a responsabilidade", afirmou Jair Bolsonaro (Paladinum2/Wikimedia Commons)

Bolsonaro: "Ele já assumiu a responsabilidade", afirmou Jair Bolsonaro (Paladinum2/Wikimedia Commons)

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Reuters

Publicado em 22 de outubro de 2018 às 15h35.

Última atualização em 22 de outubro de 2018 às 15h54.

Rio de Janeiro - O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, afirmou nesta segunda-feira em entrevista ao SBT que repreendeu o filho Eduardo Bolsonaro pelo "absurdo" da declaração gravada em um vídeo em que o deputado eleito fala na possibilidade de fechar o Supremo Tribunal Federal (STF).

"Eu já adverti o garoto, o meu filho, a responsabilidade é dele. Ele já se desculpou. Isso aconteceu há quatro meses, ele aceitou responder uma pergunta que não tinha nem pé nem cabeça, e resolveu levar para o lado desse absurdo", disse Bolsonaro em entrevista gravada em sua casa na zona oeste do Rio de Janeiro.

"Nós temos todo o respeito e a consideração pelos demais Poderes, e o Judiciário, obviamente, é importante. Eu até fui pesado com o meu garoto, quem fala isso tem que buscar o psiquiatra. Ele já assumiu a responsabilidade, repito, se desculpou, e no que depender de nós, obviamente, isso é uma página virada na história".

Eduardo Bolsonaro afirmou em um vídeo que viralizou no fim de semana que bastaria enviar um soldado e um cabo para fechar o Supremo. Após a repercussão gerada pelo vídeo, Eduardo tuitou negando que tenha defendido o fechamento do STF, afirmando que apenas repetiu uma brincadeira.

Questionado no domingo sobre a declaração dada pelo filho, Bolsonaro já havia dito que "não existe" hipótese de fechar o STF, e que quem falou em fechar o Supremo deveria "consultar um psiquiatra".

O presidente do STF, ministro Dias Toffoli, disse em nota nesta segunda-feira que "atacar o Poder Judiciário é atacar a democracia", e outros ministros da Corte também se manifestaram sobre a declaração de Eduardo Bolsonaro. O decano do STF, Celso de Mello, a classificou de "inconsequente e golpista".

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