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Bolsonaro diz esperar acordos com Israel após ser cumprimentado por premiê

Durante a campanha eleitoral, Bolsonaro chegou a prometer mudar a embaixada do Brasil em Israel de Tel Aviv para Jerusalém

Jair Bolsonaro: estreitamento de laços com o país pode e mudança de sede da embaixada podem levar à deterioração das relações comerciais com países árabes (Bloomberg/Colaborador/Getty Images)

Jair Bolsonaro: estreitamento de laços com o país pode e mudança de sede da embaixada podem levar à deterioração das relações comerciais com países árabes (Bloomberg/Colaborador/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 29 de outubro de 2018 às 17h44.

O presidente eleito Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira, 29, ter recebido os cumprimentos do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, por sua vitória no segundo turno da eleição presidencial realizado no domingo, e afirmou esperar que Brasil e Israel firmem acordos para beneficiar os povos dos dois países.

"Acabo de receber os cumprimentos do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ao lado do embaixador Yossi Shelley. Nossos laços de amizade se traduzirão em acordos onde nossos povos serão os maiores beneficiados", escreveu Bolsonaro em sua conta no Twitter, um dia depois de vencer o petista Fernando Haddad em uma das disputas presidenciais mais polarizadas da história.

Durante a campanha eleitoral, Bolsonaro chegou a prometer mudar a embaixada do Brasil em Israel de Tel Aviv para Jerusalém, em um movimento que pode desagradar países árabes e a Autoridade Palestina, que quer o lado oriental de Jerusalém como a capital de um futuro Estado palestino.

Neste ano, os Estados Unidos, sob comando do presidente Donald Trump, mudou sua embaixada em Israel para Jerusalém.

Uma eventual mudança da embaixada brasileira em Israel poderá causar impactos comerciais ao Brasil, já que alguns produtos da pauta de exportação brasileira, como a carne de frango, têm nos países muçulmanos um importante mercado comprador.

Ao comentar a conversa que teve com Netanyahu nesta segunda, Bolsonaro não teceu comentários sobre uma possível mudança da embaixada brasileira em Israel, que considera Jerusalém sua capital única e indivisível.

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