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Bolsonaro deve formalizar reforma ministerial nesta segunda-feira

Senado Ciro Nogueira (PP-PI), integrante do Centrão, deve assumir Casa Civil; presidente também pretende recriar Ministério do Trabalho

Esplanada dos Ministérios: nova reforma ministerial deve colocar Centrão na Casa Civil (Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Esplanada dos Ministérios: nova reforma ministerial deve colocar Centrão na Casa Civil (Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

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Alessandra Azevedo

Publicado em 26 de julho de 2021 às 06h00.

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O presidente Jair Bolsonaro deve formalizar a nova reforma ministerial do governo nesta segunda-feira, 26. A ideia é retirar Luis Eduardo Ramos do comando da Casa Civil, abrindo espaço para um novo chefe da pasta, o senador Ciro Nogueira (PP-PI), integrante do Centrão, e criar o Ministério do Trabalho e Previdência.

Ramos passará a comandar a Secretaria-Geral da Presidência, hoje ocupada por Onyx Lorenzoni, que será o novo ministro do Trabalho e Previdência. O antigo Ministério do Trabalho foi extinto no início do governo agora faz parte do Ministério da Economia, chefiado por Paulo Guedes.

O atual secretário de Previdência e Trabalho da pasta, Bruno Bianco, deve ser oficializado como número dois do novo ministério que será comandado por Lorenzoni.

A decisão de colocar Ciro Nogueira, um dos principais líderes do Centrão, na Casa Civil é uma tentativa de melhorar a relação do governo com o Senado, fragilizada pela CPI da Covid. Com o movimento, Bolsonaro abre espaço para aliados políticos em um dos ministérios mais importantes.

"Está praticamente certo. Vamos botar um senador aqui na Casa Civil que pode manter um diálogo melhor com o parlamento brasileiro", disse Bolsonaro em entrevista à Rádio Banda B, de Curitiba, na quinta-feira, 22."Conversei com ele já, ele aceitou. Ele está em recesso, chega em Brasília segunda-feira, converso com ele, acertamos os ponteiros", disse.

As mudanças na Esplanadas devem ser apresentadas por Medida Provisória (MP). A reforma ministerial foi anunciada por Bolsonaro na última quarta-feira, 21. Segundo ele, será "uma pequena mudança ministerial" para "continuar administrando o Brasil", disse, em entrevista à rádio Jovem Pan de Itapetininga.

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