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Bolsonaro defende mineração na Amazônia e exploração da Renca

A exploração da Renca chegou a ser liberada no governo do ex-presidente Michel Temer, mas após pressão popular e de organizações ambientais, Temer recuou

Jair Bolsonaro: presidente deu declaração durante inauguração do novo aeroporto de Macapá (Adriano Machado/Reuters)

Jair Bolsonaro: presidente deu declaração durante inauguração do novo aeroporto de Macapá (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de abril de 2019 às 12h03.

Última atualização em 13 de abril de 2019 às 12h10.

O presidente Jair Bolsonaro defendeu, nesta sexta-feira, 12, durante inauguração do novo aeroporto de Macapá, a exploração da Reserva Nacional de Cobres e Associados (Renca), com objetivo de trazer "riquezas" para os estados amazônicos. "Vamos conversar sobre a Renca? A Renca é nossa. Vamos usar as riquezas que Deus nos deu para o bem-estar da nossa população", afirmou.

A exploração da Renca chegou a ser liberada no governo do ex-presidente Michel Temer, mas após pressão popular e de organizações ambientais, Temer recuou. Bolsonaro afirmou que no governo dele não haveria problemas com o Ministério do Meio Ambiente. "A Amazônia pode ser uma solução para o mundo e não um problema para nós", disse ele. "Vocês não terão problema com o ministrodo Meio Ambiente, de Minas e Energia ou de qualquer outro."

A Renca tem o tamanho do Espírito Santo e é rica em ouro, ferro e cobre. A área, originalmente, não era uma área de proteção ambiental. Ela foi criada para assegurar a exploração mineral ao governo, mas, com o passar dos anos, acabou ajudando a proteger a região, na Calha Norte do Rio Amazonas, que é hoje uma das mais bem preservadas da Amazônia. Bolsonaro criticou a dificuldade de entrar na área e o que chamou de "indústria da demarcação indígena".

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