Brasil

Bolsonaro critica senador por gravar conversa sobre CPI da Covid

Na conversa, Bolsonaro defende que a CPI da Covid no Senado investigue também governadores e prefeitos, e não só o governo federal

Bolsonaro: "Eu fui gravado em uma conversa telefônica, está certo? A que ponto chegamos no Brasil" (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Bolsonaro: "Eu fui gravado em uma conversa telefônica, está certo? A que ponto chegamos no Brasil" (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

AO

Agência O Globo

Publicado em 12 de abril de 2021 às 10h40.

Última atualização em 12 de abril de 2021 às 10h42.

O presidente Jair Bolsonaro criticou nesta segunda-feira o senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) por ter gravado e divulgado uma conversa entre os dois. Bolsonaro também disse que Kajuru não publicou todo o diálogo. Na conversa, publicada por Kajuru no domingo, o presidente defende que a CPI da Pandemia no Senado investigue também governadores e prefeitos, e não só o governo federal.

— Eu fui gravado em uma conversa telefônica, está certo? A que ponto chegamos no Brasil. Gravado — reclamou Bolsonaro, em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada.

O presidente disse que a gravação só poderia ter ocorrido com uma autorização judicial.

— Não é vazar. É te gravar. Gravação só com autorização judicial. Gravar o presidente e divulgar...E outra, só para controle, falei mais coisa naquela conversa. Pode divulgar tudo, da minha parte.

Ao GLOBO, no domingo, Kajuru disse ter divulgado o diálogo telefônico por se tratar de um assunto público.

O objetivo da comissão, que teve a instalação determinada pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), é investigar as eventuais omissões do governo federal no combate ao coronavírus. Um requerimento que pede a extensão da apuração para gestores estaduais e municipais já foi apresentado pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE).

— Se não mudar o objetivo da CPI, ela vai vir para cima de mim. O que tem que fazer para ser uma CPI útil para o Brasil: mudar a amplitude dela, bota presidente da República, governadores e prefeitos — disse Bolsonaro na conversa com Kajuru.

Em outro trecho, o presidente afirmou que se não houver mudança, só serão ouvidos "gente nossa" para fazer um "relatório sacana":

— Se não mudar (a amplitude), a CPI vai simplesmente ouvir o (ex-ministro Eduardo) Pazuello, ouvir gente nossa, para fazer um relatório sacana.

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusGovernadoresJair BolsonaroSenado

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas