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Bolsonaro critica Acordo de Paris e diz não ter nada contra homossexuais

"Minha luta é contra o material escolar, não interessa se é homo ou hétero, para criancinhas a partir de seis anos de idade", afirmou o candidato

Jair Bolsonaro: candidato prometeu dar um "ippon" na corrupção, na violência e na ideologia (Paulo Whitaker/Reuters)

Jair Bolsonaro: candidato prometeu dar um "ippon" na corrupção, na violência e na ideologia (Paulo Whitaker/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de outubro de 2018 às 18h20.

Rio - Em rápida entrevista coletiva concedida na tarde desta quinta-feira, 25, o candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, fez críticas ao Acordo de Paris, disse que o Estado não tem que interferir na opção sexual dos cidadãos e que nada tem contra homossexuais nem as mulheres.

"Se for eleito, espero como presidente da República e chefe supremo das Forças Armadas, dar um ippon na corrupção, na violência e na ideologia", afirmou, após receber homenagens do lutador de jiu-jítsu Carlos Gracie, a quem chamou de "ídolo intergaláctico".

Questionado sobre o acordo de Paris, Bolsonaro afirmou que esse acordo pode ameaçar a soberania do Brasil sobre a Amazônia. "O triplo A está em jogo. É uma grande faixa que pega a Amazônia e vai até o Atlântico, que estaria não mais sob a nossa jurisdição, mas sob a jurisdição de outro país, como sendo ela essencial para a sobrevivência da humanidade. Nesse acordo de Paris, nós poderíamos correr o risco de abrir mão da nossa Amazônia?", questionou. "Vamos botar no papel que não está em jogo o triplo A nem a independência de nenhuma terra indígena que eu mantenho o Acordo de Paris".

O candidato também disse que quer combater a ideologia nas escolas. "Qual é a máxima nas escolas públicas, não interessa o nível delas? É a formação de militantes. Nós queremos uma escola sem partido. Escola sem partido não é não discutir política. Pode discutir, mas não pode o aluno que tem uma posição diferente da do professor ter a nota rebaixada ou até ser reprovado", afirmou.

Questionado sobre como seu governo trataria os homossexuais, Bolsonaro negou que haverá perseguição. "O Estado não tem nada a ver com a opção sexual de quem quer que seja, ponto final. Aqui dentro deve ter algum homossexual, o que eu tenho contra? Nada. Minha luta é contra o material escolar, não interessa se é homo ou hetero, para criancinhas a partir de seis anos de idade. Quem trata de sexo é o papai e a mamãe. Quiserem implementar isso a partir de 2010. Tanto é verdade que houve o kit gay que em 2011 Dilma Rousseff mandou recolher", afirmou.

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