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Bolsonaro: certificada pela Anvisa, vacina será gratuita e não obrigatória

Nesta segunda-feira, o governador de São Paulo, João Doria, anunciou que a vacinação contra a covid-19 terá início em 25 de janeiro no estado

Bolsonaro: presidente afirmou que a vacina contra a covid-19 que for certificada no Brasil será distribuída de forma gratuita (Adriano Machado/Reuters)

Bolsonaro: presidente afirmou que a vacina contra a covid-19 que for certificada no Brasil será distribuída de forma gratuita (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de dezembro de 2020 às 19h25.

Última atualização em 7 de dezembro de 2020 às 19h39.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda, 7, via redes sociais que a vacina contra a covid-19 que for certificada no Brasil será distribuída de forma gratuita e não será obrigatória. Segundo ele, o imunizante que tiver a validação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) será distribuído para a toda a população com a garantia de que não faltarão recursos do governo para tal.

"Em havendo certificação da Anvisa [orientações científicas e os preceitos legais], o governo brasileiro ofertará a vacina a toda a população de forma gratuita e não obrigatória. Segundo o Ministério da Economia não faltarão recursos para que todos sejam atendidos", escreveu Bolsonaro em sua página oficial no Facebook nesta segunda.

A publicação inclui foto do presidente ao lado do ministro Paulo Guedes, da Economia, e do advogado-geral da União, José Levi. "Saúde e Economia de mãos dadas pela vida", acrescentou Bolsonaro ao final do texto. Guedes esteve no Planalto nesta tarde para uma reunião com Bolsonaro.

Nesta segunda-feira, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou que a vacinação contra a covid-19 terá início em 25 de janeiro no estado. Desafeto político de Bolsonaro, Doria planeja vacinar inicialmente idosos, profissionais de saúde, indígenas e quilombolas com a Coronavac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac e produzida em parceria com o Instituto Butantan, do governo paulista.

A aplicação depende dos resultados de eficácia da vacina, o que ainda não ocorreu, e o registro na Anvisa. Em declarações anteriores, Bolsonaro foi contrário a uma vacina de origem chinesa sob o argumento de "descrédito" do país onde o novo coronavírus se originou. O chefe do Executivo também é a favor da imunização opcional e já afirmou que não tomará nenhum imunizante do tipo por já ter contraído a covid-19.

Em coletiva de imprensa hoje, Doria criticou o prazo estipulado pelo Ministério da Saúde para o início da campanha de vacinação. A pasta prevê o início da imunização em março de 2021 e a vacina utilizada deve ser a da Universidade de Oxford/AstraZeneca.

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