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Bolsonaro decide receber homenagem em Dallas e deve se encontrar com Bush

Presidente Jair Bolsonaro desistiu de ir a Nova York receber a homenagem da Câmara de Comércio Brasil-EUA

Intenção é que Bolsonaro receba o prêmio de "Personalidade do Ano" e faça alguns encontros, como com o ex-presidente George W. Bush (Valter Campanato/Agência Brasil)

Intenção é que Bolsonaro receba o prêmio de "Personalidade do Ano" e faça alguns encontros, como com o ex-presidente George W. Bush (Valter Campanato/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de maio de 2019 às 21h11.

Última atualização em 8 de maio de 2019 às 21h20.

Brasília — Após desistir de ir a Nova York receber uma homenagem da Câmara de Comércio Brasil-EUA, o presidente Jair Bolsonaro decidiu que irá a Dallas, nos Estados Unidos. A decisão foi tomada na tarde desta quarta-feira.

A intenção é que Bolsonaro receba o prêmio de "Personalidade do Ano" na cidade do Texas e faça ainda alguns encontros. Há expectativa de que ele possa se reunir com o ex-presidente dos EUA George W. Bush e com empresários americanos.

Bolsonaro também poderá ser recebido por outros políticos do país, como o senador texano Ted Cruz, também do Partido Republicano, e o prefeito de Dallas, Mike Rawlings, que é membro do Partido Democrata.

"Estamos ultimando a feitura dessa ida para os Estados Unidos, possivelmente a Dallas. Estamos em contato com Bush, com Ted Cruz, entre outros, que gostariam de me ver presente em seu estado. Uma viagem de um chefe de Estado não pode ser marcada de uma hora para outra. Estamos tentando acertar para quinta (16) e sexta (17) da semana que vem. Talvez teremos a resposta no dia de hoje", afirmou o presidente.

Manifestações em NY

A viagem ao estado norte-americano do Texas está sendo negociada, após o cancelamento da agenda do presidente em Nova York, na mesma data, onde ele receberia o prêmio de personalidade do ano promovido Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos.

O cancelamento da agenda em Nova York foi confirmado pelo Planalto na última sexta-feira (3). Segundo o porta-voz do governo, Otávio Rêgo Barros, "em face da resistência e dos ataques deliberados do prefeito de Nova York [Bill de Blasio] e da pressão de grupos de interesses sobre as instituições que organizam, patrocinam e acolhem em suas instalações o evento anualmente, ficou caracterizada a ideologização da atividade".

Perguntado sobre os motivos do cancelamento, Bolsonaro criticou o prefeito de Nova York, Bill de Blasio. Segundo o presidente, De Blasio estaria "insuflando" a população local contra a sua presença na cidade.

"Uma coisa é enfrentar uma manifestação normal. Outra coisa é uma manifestação patrocinada pelo prefeito, que é o dono casa. Você enfrentar uma manifestação dele e ele insuflando a população para tirar o que tiver nas mãos contra a minha pessoa, entre outras sabotagens. Primeiro seria museu, ele vai lá e diz que não quer que o museu receba uma pessoa como eu. Depois, um local ou outro particular, não sei que tipo de ameaça os seus assessores fazem, para não ir também. Então já que estou sendo um incômodo para ele, mas não sou para o Trump nem para o povo americano, resolvemos não criar essa polêmica, não queremos enfrentar esse tipo de manifestação que, a nosso ver, não pode ser dessa forma", afirmou o presidente.

Bolsonaro disse também que Bill de Blasio agiu dessa forma porque pretende se candidatar às prévias do Partido Democrata para enfrentar Donald Trump, atual presidente do país, na corrida presidencial dos Estados Unidos, em 2020. "Acho que esse cidadão [prefeito de Nova York] se queimou completamente na sua corrida para disputar as prévias do seu partido para concorrer as eleições do ano que vem", acrescentou.

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