Brasil

Bolsonaro: Aliança pelo Brasil respeita religiões e apoia legítima defesa

Presidente afirmou que a sigla terá um perfil conservador e dará "crédito" aos valores familiares; em lançamento, apoiadores faziam "arminhas" com as mãos

Jair Bolsonaro: presidente participou de cerimônia de lançamento de novo partido nesta quinta (Pavel Golovkin/Reuters)

Jair Bolsonaro: presidente participou de cerimônia de lançamento de novo partido nesta quinta (Pavel Golovkin/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de novembro de 2019 às 20h40.

Última atualização em 21 de novembro de 2019 às 20h43.

São Paulo - O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira, 21, em transmissão semanal ao vivo no Facebook, que o partido que pretende criar após sair do PSL, o Aliança pelo Brasil, respeita religiões, defende legítima defesa e o porte e posse de arma e quer o livre-comércio com o mundo, "sem o viés ideológico". Segundo o presidente, o número da legenda será 38.

"E o número escolhido é o 38. Tínhamos poucas opções e acho que o número 38 é mais fácil de gravar", acrescentou.

Bolsonaro afirmou que a nova legenda terá um perfil conservador e dará "crédito" aos valores familiares. "O estatuto está muito bonito, mas nós queremos que isso na prática venha a se fazer valer quando ele for criado", disse.

Ele disse esperar poder angariar as 500 mil assinaturas para a formação da sigla por via eletrônica, mas, caso não seja possível, a futura agremiação buscará as assinaturas físicas.

Caso o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não permita a coleta de assinaturas digitais, Bolsonaro disse que o Aliança pelo Brasil não ficará pronto a tempo de poder disputar as eleições municipais de 2020. Para poder disputar o próximo pleito, o partido deve ser criado até março. "O número escolhido é o 38, é um bom número, tínhamos poucas opções", declarou.

Excludente de ilicitude

Bolsonaro abordou também a retomada da proposta do excludente de ilicitude num projeto de lei enviado ao Congresso. O projeto prevê a possibilidade de redução ou mesmo isenção da pena a agentes de segurança que causarem morte para casos ocorridos durante as operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). De acordo com o presidente, o excludente de ilicitude é uma forma de prestigiar membros das Forças Armadas e de forças policiais.

Caged

Bolsonaro comemorou o saldo positivo de 70,8 mil novos empregos, divulgado pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). "É o sétimo mês consecutivo de saldo positivo", afirmou Bolsonaro. "Logicamente, são as medidas econômicas adotadas pelo governo que têm colaborado nesse sentido."

O presidente também garantiu que a promessa de pagar o 13º para beneficiários do programa Bolsa Família está mantida. "Nós estamos fazendo auditorias e pente fino na questão do Bolsa Família", afirmou. "O recurso para pagar o Bolsa Família foi do combate a fraudes. O dinheiro existe." O comentário do presidente foi em resposta a uma reportagem da Folha de S.Paulo que afirma haver um rombo de R$ 759 milhões no orçamento do programa.

Outro assunto abordado por Bolsonaro foi o descontingenciamento das pastas. O presidente afirmou que "a arrecadação superou aquilo que estava previsto e todos os ministérios foram descontingenciados." "Todos os ministros vão poder colocar em prática o orçamento previsto por ocasião do ano passado", disse Bolsonaro.

Acompanhe tudo sobre:Aliança pelo BrasilCagedEmpregosJair Bolsonaro

Mais de Brasil

Bolsonaro indiciado pela PF: entenda o inquérito do golpe em cinco pontos

O que acontece agora após indiciamento de Bolsonaro e os outros 36 por tentativa de golpe de Estado?

Inmet prevê chuvas intensas em 12 estados e emite alerta amerelo para "perigo potencial" nesta sexta

'Tentativa de qualquer atentado contra Estado de Direito já é crime consumado', diz Gilmar Mendes