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Bolsonaro afirma que vai incluir policiais condenados em indulto natalino

'Ou tem indulto pra todo tipo de gente ou não tem pra ninguém', disse presidente a jornalistas

Indulto: Premissão de saída é publicada todo ano pelo presidente da República (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Indulto: Premissão de saída é publicada todo ano pelo presidente da República (Antonio Cruz/Agência Brasil)

AO

Agência O Globo

Publicado em 14 de dezembro de 2019 às 17h18.

BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro afirmou, neste sábado, que pretende incluir policiais condenados como beneficiários do indulto natalino a ser publicado no fim do ano por seu governo. Publicado todo ano, o indulto dá o perdão da pena a pessoas condenadas que se enquadrarem nos critérios estabelecidos. Uma minuta de proposta de indulto feita pelo Ministério da Justiça deixou os policiais de fora, mas Bolsonaro declarou que irá incluí-los. A publicação do indulto é de responsabilidade do presidente da República.

— Vai ter policial sim, vai ter civil, vai ter todo mundo lá (no indulto). Agora sempre tão esquecendo dos policiais, sempre. Não é justo isso aí. Policial que tá preso aí por abuso porque dá dois tiros num vagabundo de madrugada, ele deu três, aí foi preso por abuso. Abuso é por parte de quem prendeu, no meu entender, não por parte dele que tava cumprindo sua missão de madrugada — afirmou ao sair do Palácio da Alvorada.

Ainda durante a entrevista aos jornalistas, Bolsonaro defendeu o trabalho dos policiais e afirmou que eles não podem ser "criminalizados".

— Não podemos continuar cada vez mais criminalizando os policiais no brasil. Eles fazem por regra um excelente trabalho. Ou tem indulto pra todo tipo de gente ou não tem pra ninguém — disse.

Questionado sobre possíveis vetos ao projeto de lei anticrime, aprovado nesta semana no Congresso Nacional, Bolsonaro disse que conversou rapidamente com o ministro da Justiça Sergio Moro sobre o assunto e que deve vetar um aumento da pena pros crimes de calúnia e difamação. Também disse que ainda vai estudar outros possíveis vetos.

Sobre o fundo eleitoral de R$ 3,8 bilhões, afirmou que não fez nenhum acordo e vai decidir sobre o assunto "quando chegar em minha mesa".

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