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Bolsas desabam; Cerveró é solto…

Vitória do Brexit O Reino Unido não faz mais parte da União Europeia. Foi essa a decisão tomada pelos britânicos em referendo realizado nesta quinta-feira. Apesar do resultado ter sido anunciado há poucas horas, ele já produziu efeitos importantes: o primeiro-ministro David Cameron anunciou que deixará o cargo. Ele disse que os britânicos precisarão encontrar […]

REINO UNIDO FORA: Brexit é aprovado pelos britânicos / Christopher Furlong / Getty Images (Christopher Furlong/Getty Images)

REINO UNIDO FORA: Brexit é aprovado pelos britânicos / Christopher Furlong / Getty Images (Christopher Furlong/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2016 às 07h30.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h14.

Vitória do Brexit

O Reino Unido não faz mais parte da União Europeia. Foi essa a decisão tomada pelos britânicos em referendo realizado nesta quinta-feira. Apesar do resultado ter sido anunciado há poucas horas, ele já produziu efeitos importantes: o primeiro-ministro David Cameron anunciou que deixará o cargo. Ele disse que os britânicos precisarão encontrar uma nova pessoa para ocupar a posição e negociar diante desse novo cenário. As bolsas asiáticas também já sentiram os efeitos da mudança: a de Tóquio, a primeira a fechar na Ásia, despencou quase 8% nesta sexta-feira.

Líderes europeus reagem

Diante da notícia da vitória do Brexit, autoridades de vários países da Europa se pronunciaram. O líder do Partido pela Independência do Reino Unido (UKIP), Nigel Farage, disse, no Twitter: “Temos nosso país de volta. Obrigado a todos vocês”. O vice-chanceler e ministro da Economia da Alemanha, Sigmar Gabriel, reclamou que hoje é um mau dia para a Europa. Uma das principais líderes da direita francesa, Marine Le Pen, pediu que o referendo seja realizado também em outros países da Europa.

Último dia na cadeia

O ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró deve deixar a prisão em Curitiba nesta sexta-feira. Ele volta ao Rio de Janeiro para cumprir prisão domiciliar em sua residência. Cerveró vai estar com uma tornozeleira eletrônica para monitoramento. Ele foi condenado a 27 anos e quatro meses de prisão e ainda é réu em outros dois processos. Ele deverá devolver mais de 17 milhões de reais aos cofres públicos.

Dilma ainda tenta

A presidente afastada Dilma Rousseff ainda articula sua tentativa de volta à presidência da República. Em reunião com dirigentes de partidos aliados no Alvorada, Dilma disse que aceita encampar a proposta de chamar um plebiscito para decidir a possibilidade de novas eleições, mas que isso só será fato se ela contar com um apoio maior entre os senadores. Nas contas de Dilma, além dos 22 votos que teve para que não fosse afastada do mandato, seriam necessários mais 13 parlamentares apoiando o plebiscito. Com isso, além de garantir sua volta na votação final do impeachment, o número ajudaria a articular e ganhar apoio do Congresso para a nova proposta.

Os conselhos de Teori

O ministro do STF Teori Zavascki, relator da operação Lava-Jato, disse nesta quinta-feira em evento no Palácio do Planalto que o país precisa de “remédios amargos”, já que está “enfermo”. Zavascki também disse que o Brasil precisa prestar contas com os passado, mas olhando para as melhorias no futuro. Teori, pelo previsto, não deve dar moleza aos envolvidos nas investigações da Lava-Jato.

A paz na Colômbia

O governo colombiano assinou nesta quinta-feira um acordo de cessar-fogo histórico com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e iniciou o processo que deve traçar como a organização, o mais antigo grupo rebelde da América Latina, vai se desarmar. Assim que o acordo for finalizado, os rebeldes irão se concentrar em 23 zonas do país, de onde, na teoria, sairão como civis desarmados dentro de 180 dias. O processo vai ser monitorado por organizações internacionais. É esperado pelo governo da Colômbia que a paz eleve o PIB do país em um ponto percentual e aumente os investimentos em saúde e educação. A guerra civil na Colômbia já dura mais de 50 anos e deixou mais de 200.000 mortos.

Tornado na China

A cidade chinesa de Yancheng, que tem uma população de mais de 7 milhões de pessoas, foi atingida por um forte tornado nesta quinta-feira. Ao menos 78 morreram e mais de 500 ficaram feridas com as ações do vento, que excedeu 120km/h. O tornado jogou carros, árvores e até torres de celular no ar. O governo chinês enviou centenas de pessoas para ajudar nas buscas entre os escombros.

Oi em disparada

As ações da companhia telefônica Oi dispararam no fim do pregão desta quinta-feira. As ações ordinárias subiram 35,9% e as preferenciais 13,7%. Segundo analistas, a alta acontece após notícia veiculada pelo jornal O Globo de que o governo federal quer apressar a votação de mudanças regulatórias que podem transformar bens da Oi, como imóveis e equipamentos, em pelo menos 7,15 bilhões de reais em recursos disponíveis para novos investimentos. O melhor caminho para essa mudança seria aprovar no Congresso uma alteração na Lei Geral de Telecomunicações. Apesar da alta de hoje, as ações preferenciais ainda tem perdas de 53% e as ações ordinárias de 27% no ano. No início da noite desta quinta-feira o Ministério Público do Rio de Janeiro emitiu parecer favorável ao pedido de recuperação judicial de 65,4 bilhões de reais feito pela companhia.

Gerdau fora da Europa

O grupo siderúrgico Gerdau concluiu nesta quinta-feira a venda da sua produtora de aços especiais na Espanha para o grupo de investidores locais Clerbil. O negócio foi anunciado em maio por um valor de até 200 milhões de euros. Com isso, a empresa para de produzir aço na Europa. Em meio a um dia positivo para as ações do setor de siderurgia, os papéis preferenciais da Metalúrgica Gerdau subiram 8,4% e os da Gerdau tiveram alta de 7,6%.

Obama rejeitado

A Suprema Corte americana chegou a um impasse, em 4 votos a 4, quanto à política de imigrantes do presidente Barack Obama, um ambicioso projeto que ele esperava deixar como um de seus principais legados. Diante do empate, o projeto foi rejeitado pela corte. Cerca de 5 milhões de imigrantes irregulares permanecem desprotegidos contra deportação e barrados de trabalhar nos Estados Unidos. O resultado foi comemorado por grupos que defendem a separação dos poderes, que criticavam o fato de o próprio presidente ter levado a proposta adiante. Militantes pró-imigrantes lamentaram a decisão da Suprema Corte.

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