A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Márcia Lopes
Da Redação
Publicado em 19 de setembro de 2011 às 13h55.
Brasília - A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Márcia Lopes, rebateu hoje (20) críticas ao Programa Bolsa Família e negou que o benefício gere acomodação ou desestimule a busca por emprego.
"Essa ideia de que o Bolsa Família acomoda ou vicia não tem cabimento. Vivemos sob preconceito, e para as famílias pobres sobram rótulos", disse Márcia Lopes, em entrevista ao programa de rádio Bom Dia, Ministro.
Márcia argumentou que 77% dos beneficiários do programa trabalham, no mercado formal ou informal, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). "É um indicativo de que as pessoas não se acomodam, o que acontece em muitos casos é a desinformação."
Mesmo depois de conseguir um emprego, inclusive com carteira assinada, o beneficiário tem o direito de permanecer no programa por até um ano, até a reavaliação da renda familiar. Se o rendimento ultrapassar o limite mensal de R$ 140 per capita, o benefício é cancelado.
Márcia disse que o ministério também registra casos de beneficiários que abrem mão do Bolsa Família depois de conseguirem emprego. "São mais de 2 milhões de cartões devolvidos por conta da inserção em outros trabalhos e a saída da pobreza."
De acordo com a ministra, o governo aposta na coordenação do Bolsa Família com outros programas sociais e de inclusão produtiva, como na área de economia solidária e projetos de qualificação profissional para garantir a "porta de saída para os beneficiários".
Questionada sobre a expansão do número de beneficiários do Bolsa Família em ano eleitoral, Márcia disse que o governo está "cumprindo sua responsabilidade" com as políticas sociais e que a liberação de cursos cumprirá todos os critérios do programa.
"Estamos seguindo rigorosamente a Lei Eleitoral, mas temos que dar continuidade aos programas. As famílias estão nos municípios e demandam auxílio."