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Boliviano é morto após deixar casa de Olacyr de Moraes

Crime aconteceu por volta das 12h na Avenida Morumbi, na zona sul de São Paulo, e foi praticado por um motorista de Moraes


	Balas de revólver: vítima, Andres Fermin Heredia Gusman, de 60 anos, levou ao menos três tiros dentro de seu automóvel, uma Cherokee blindada
 (Getty Images)

Balas de revólver: vítima, Andres Fermin Heredia Gusman, de 60 anos, levou ao menos três tiros dentro de seu automóvel, uma Cherokee blindada (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2014 às 20h49.

São Paulo - Um economista boliviano foi assassinado na tarde desta sexta-feira, 4, após sair de carro da casa do empresário Olacyr de Moraes, conhecido como rei da soja nos anos 1980. O crime aconteceu por volta das 12h na Avenida Morumbi, na zona sul da capital paulista, e foi praticado, segundo a Polícia Civil, por um motorista de Moraes.

A vítima, Andres Fermin Heredia Gusman, de 60 anos, levou ao menos três tiros dentro de seu automóvel, uma Cherokee blindada. A polícia informou que os disparos foram efetuados por Miguel Garcia Ferreira, de 61 anos, que há 38 anos trabalha para Moraes. Ele teria pedido uma carona para o economista, que teria sido suplente de senador na Bolívia, até a Avenida Oscar Americano.

No caminho, Ferreira sacou uma pistola .38 e a apontou para a cabeça de Gusman, que teria reagido. Nesse momento, segundo a polícia, Ferreira disparou quatro vezes - três balas acertaram a vítima. O carro acelerou e bateu em um poste. Ainda de acordo com a polícia, Ferreira, então, saiu da Cherokee, levando consigo uma sacola com R$ 399,9 mil. Em seguida, ele pediu carona a uma mulher cujo carro foi parado por policiais do Garra que estavam na região. As roupas de Ferreira estavam manchadas de sangue.

Os investigadores trabalham com a hipótese de que ele tenha "tomado as dores" de seu patrão, a quem Gusman "estava deixando triste", conforme teria dito aos policiais. Há a suspeita de extorsão e Moraes pode ser ouvido no decurso das investigações. Ferreira foi preso em flagrante por homicídio doloso. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Roubos e Latrocínios. Segundo a Polícia Civil, Gusman fazia parte de uma câmara de comércio entre o Brasil e a Bolívia e tinha atividades no País desde 1972.

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