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BNDES pode sair do orçamento de obras do Maracanã

Irregularidades apontadas pelo TCU podem afastar banco, que tem crédito de R$ 400 milhões para cada uma das 12 arenas que vão hospedar os jogos da Copa do Mundo de 2014

Maracanã: o financiamento para o Maracanã atingiu o teto estabelecido para as operações da linha especial para reforma e construção de estádios do BNDES

Maracanã: o financiamento para o Maracanã atingiu o teto estabelecido para as operações da linha especial para reforma e construção de estádios do BNDES

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Da Redação

Publicado em 23 de fevereiro de 2011 às 18h20.

São Paulo - As irregularidades detectadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) na licitação das obras do Maracanã podem deixar o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de fora do orçamento das obras de reforma do estádio do Rio de Janeiro. O alerta partiu do diretor de Inclusão Social e Crédito do banco Élvio Lima Gaspar, que também vê “com preocupação” o andamento das obras na futura arena de Itaquera e ainda em Natal. “São Paulo está tentando fechar um modelo que vai permitir aumentar de 45 mil para 65 mil (a capacidade de público em Itaquera) e aparentemente este modelo não está pronto”, disse.

O banco tem crédito de R$ 400 milhões para cada uma das 12 arenas que vão hospedar os jogos da Copa do Mundo de 2014. Em evento nesta quarta-feira no Rio de Janeiro, o diretor falou sobre problemas detectados pelo TCU no edital de licitação do Maracanã, mesmo depois de o edital já ter sido aprovado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). Segundo Gaspar, o BNDES espera que os dois órgãos cheguem a um acordo sobre o assunto, para então o banco decidir sobre a alocação dos recursos ou não.

“Não se trata de um risco à execução das obras do Maracanã, mas sim talvez do risco de o BNDES não participar e não poder ajudar - o que vai talvez apertar um pouco as contas do governo do Estado. Este seria o pior cenário”, disse. “Mas se o governo do Estado tiver condições de financiar, ele vai financiar as obras” afirmou, ressaltando que o problema, em nenhum momento, parou as obras do estádio, palco da final da Copa de 2014. Para o TCU, o número de projetos de engenharia das reformas do Maracanã seria insuficiente para caracterizar os serviços contratados.

Entre as 12 arenas que receberão os jogos do Mundial, as obras dos estádios de Natal e São Paulo são as que “inspiram mais cuidados”, nas palavras de Gaspar. Ele comentou que, no caso da arena de Natal, a licitação para as obras ainda não ocorreu e está marcada para 2 de março. Já o Corinthians, em São Paulo, tem recursos apenas para um estádio de 45 mil assentos. Gaspar lembrou que, para ser palco da abertura da Copa, intenção do estádio paulistano, a arena deve ter no mínimo 65 mil assentos. “Para aumentar (o número de assentos), e ser a sede da abertura, vai precisar de um volume de investimento, que precisa de algum apoio público”, avaliou o especialista.

Fontes que estão acompanhando de perto as negociações informam que o acréscimo de 20 mil assentos no estádio do Corinthians representaria um acréscimo de R$ 300 milhões no atual projeto da arena - cujo orçamento inicial girou em torno de R$ 350 milhões.

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