O banco de fomento estima que já financiou cerca de US$ 25,6 bilhões à exportação e 1,3 mil aeronaves da Embraer desde 1997 (Germano Lüders/Exame)
Agência de notícias
Publicado em 2 de janeiro de 2024 às 15h24.
Última atualização em 2 de janeiro de 2024 às 15h28.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulgou, em nota, um balanço das operações de apoio às exportações de aeronaves da Embraer no ano de 2023. O banco de fomento informou ter aprovado e contratado sete operações com financiamento de até R$ 10 bilhões às vendas da fabricante brasileira de aviões para o exterior.
O apoio do BNDES permitirá a produção e a entrega de 67 aeronaves comerciais até 2025, ressaltou o banco, em nota divulgada à imprensa nesta terça-feira, 2. O banco de fomento viabilizará as exportações de aeronaves da Embraer para a Skywest Airlines, para a American Airlines e para a Azorra Aviation Holdings, em operações que somam mais de R$ 7 bilhões, com financiamento de cerca de R$ 6 bilhões do BNDES.
"Além de promover o desenvolvimento da indústria nacional de bens tecnológicos, as exportações de aeronaves ampliam e mantêm empregos de elevada qualificação e geram divisas importantes para a economia do país. Trata-se de operações estratégicas alinhadas à política brasileira de apoio à exportação, e estão inseridas em um esforço maior empreendido pelo governo federal de trazer mais competitividade às exportações brasileiras e incentivar a atuação das empresas nacionais no mercado internacional", afirma o BNDES, em nota.
O contrato com a companhia aérea SkyWest Airlines prevê a exportação de dez jatos E-175 da Embraer modelo E-175, para até 76 passageiros. O acordo com a American Airlines prevê a aquisição de até 11 jatos E-175. O contrato com a empresa americana Azorra Aviation Holdings, especializada em aquisição e leasing de aeronaves para a operação de companhias aéreas comerciais, prevê a venda de até 18 jatos E-195-E2, de até 146 lugares, e E-190-E2, de até 114 lugares.
Duas das três operações recém-aprovadas (as da American Airlines e da Azorra) foram contratadas com o Seguro de Crédito à Exportação (SCE), com lastro no Fundo Garantidor de Exportação (FGE), o que significará um recolhimento de aproximadamente R$ 300 milhões em novos prêmios de seguro para o fundo de natureza contábil e vinculado ao Ministério da Fazenda.
"O seguro garante as operações de crédito à exportação contra os riscos comerciais (não pagamento por falência ou mora), políticos (moratórias, guerras, revoluções, entre outros) e extraordinários (desastres naturais) que possam afetar a produção ou a comercialização de bens e serviços brasileiros no exterior", diz o BNDES.
O banco de fomento estima que já financiou cerca de US$ 25,6 bilhões à exportação e 1,3 mil aeronaves da Embraer desde 1997, complementando o financiamento advindo do mercado privado.