Brasil

BNDES assina contrato de R$ 747,4 mi para obra da Sabesp

A interligação entre as represas Jaguari e Atibainha deve ficar pronta em 2017, segundo o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin


	O BNDES financiou obra da Sabesp que vai possibilitar a integração entre as represas Jaguari (Bacia do Paraíba do Sul) e Atibainha (Bacia do Sistema Cantareira)
 (Divulgação/Sabesp)

O BNDES financiou obra da Sabesp que vai possibilitar a integração entre as represas Jaguari (Bacia do Paraíba do Sul) e Atibainha (Bacia do Sistema Cantareira) (Divulgação/Sabesp)

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Da Redação

Publicado em 25 de junho de 2015 às 13h36.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff propôs nesta quinta-feira, 25, um brinde de copo d'água para celebrar a assinatura do contrato de financiamento de R$ 747,4 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a uma obra da Sabesp que vai possibilitar a integração entre as represas Jaguari (Bacia do Paraíba do Sul) e Atibainha (Bacia do Sistema Cantareira).

A interligação deve ficar pronta em 2017, segundo o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.

Em uma rápida solenidade no Palácio do Planalto, Dilma e Alckmin convergiram no discurso ao atribuir à crise hídrica e energética a situação de seca no Estado e na Região Nordeste. Alckmin voltou a descartar a possibilidade de um rodízio no abastecimento de água de São Paulo.

Na avaliação de Alckmin, a interligação entre as represas Jaguari e Atibainha é uma obra "estruturante" para garantir a segurança hídrica do Estado. "Estamos fazendo uma obra histórica que é integrar bacia do Rio Paraíba do Sul com o Cantareira. Essa é obra estruturante. Queremos agradecer a presidente e ao BNDES nesta boa parceria e esperamos logo, logo estar com essa integração realizada", destacou o governador. O valor total previsto da obra é de R$ 830 milhões.

"Vamos fazer uma grande obra que vai dobrar a capacidade de reserva de ambos os sistemas e diminuir a vulnerabilidade. E os dois reservatórios integrados, é mão dupla", comentou Alckmin. "Quero destacar que não haverá rodízio, estamos preparados para o período da seca."

Parceria

Em uma curta fala, Dilma disse que o contrato vai "viabilizar maior segurança hídrica para o Estado de São Paulo" e destacou a parceria firmada com o governador tucano.

"Desde o início dessa crise hídrica que se abateu sobre o Brasil, tanto no Nordeste quanto no Sudeste, e aí o governador tem toda a razão, é uma crise hídrica, porque a hidrologia que tivemos nos últimos anos está completamente fora da curva, é das piores de todos os tempos. Diante dela, tomamos uma atitude que foi logo no início definir uma parceria entre nós", afirmou Dilma.

"É muito difícil a gente prever qual vai ser a hidrologia. A gente não sabe, porque ninguém sabe. A crise tem um componente extremamente aleatório", completou. Alckmin disse, por sua vez, que o Estado de São Paulo viveu em 2014 "a maior seca da história".

Dilma aproveitou a fala para comentar que as mudanças no regime de chuvas provocaram uma elevação "bastante acentuada" das tarifas de energia, com o uso de energia térmica, mais cara.

Em um novo gesto de aproximação com o tucano, Dilma afirmou que o Palácio do Planalto e o Palácio dos Bandeirantes estão em uma situação de "parceria sistemática". "Eu sei que o senhor (dirigindo-se a Alckmin) tem projetos, temos sido parceiros dentro das nossas possibilidades e continuaremos a sê-lo daqui pra frente", assegurou a presidente.

Questionado sobre a relação com o governo Dilma Rousseff, Alckmin destacou que, numa República Federativa, tem de ter "parceria e sinergia". "É nosso dever ser parceiro, o Brasil é uma República Federativa, o dinheiro público de São Paulo não é do PSDB, o dinheiro público federal não é do PT, é do contribuinte", comentou.

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