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Bloco de carnaval abre campanha contra exploração sexual

2 mil pessoas participaram do desfile, segundo Comissão Municipal de Enfrentamento à Violência, Abuso e Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes


	Criança: o objetivo foi sensibilizar a população sobre a exploração sexual infantil durante o carnaval
 (Erik Araujo/SXC)

Criança: o objetivo foi sensibilizar a população sobre a exploração sexual infantil durante o carnaval (Erik Araujo/SXC)

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Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2014 às 17h39.

São Paulo - Pelo sétimo ano consecutivo, a Campanha contra a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes foi aberta hoje (26) com desfile do bloco de carnaval da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social.

Cerca de 2 mil pessoas participaram do desfile, segundo a Comissão Municipal de Enfrentamento à Violência, Abuso e Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes.

Ao som da bateria mirim e com a presença da ala das baianas da Escola de Samba Vai-Vai, o grupo saiu da Praça do Patriarca e desfilou pelas ruas do centro da cidade.

O objetivo foi sensibilizar a população sobre a exploração sexual infantil durante o carnaval. Crianças, adolescentes e pais atendidos pela secretaria estão envolvidos na campanha.

De acordo com uma das responsáveis pelo bloco, Fabiana Pereira, a campanha visa também a conscientizar sobre a exploração do trabalho infantil, moradores de rua e o consumo de álcool e drogas. 

"A ideia é que cada criança e adolescente se empodere de sua segurança e utilize os canais disponíveis para denunciar”.

“O resultado desse trabalho é um número maior de denúncias. Não podemos dizer que por conta da denúncia o caso seja concreto, porque há uma avaliação, mas a partir do momento em que se consegue constatar a violência é um maior número de pessoas em atendimento”, acrescentou.

Para fazer as denúncias no estado de São Paulo, basta ligar para o Disque 181, além do Disque 100, que é nacional.

O denunciante pode procurar ainda os conselhos tutelares, centros de referência de Assistência Social e os centros de Referência Especializada.

“Hoje, temos 450 pessoas em atendimento. Esses serviços atendem também a família e quando possível também o agressor, embora esse número seja mais baixo porque o atendimento é feito quando há ordem judiciária”, explicou Fabiana.

A estudante Cássia Rosa, de 15 anos, elogiou a iniciativa do bloco. “Eu não conheço ninguém que tenha sofrido abuso sexual, mas no grupo comunitário em que participo, no bairro São José, falamos muito do assunto e percorremos o bairro conversando com as pessoas”.

Para a estudante Karine Beatriz, 12 anos, é importante os pais estarem atentos ao que acontece com os filhos.

“Eu vim no bloco para reforçar o alerta", acrescentando que é importante para evitar casos e abuso sexual no carnaval e na Copa do Mundo.

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