São Paulo - A presidente Dilma Rousseff se reuniu na noite desta quinta-feira com um grupo de jornalistas esportivos para jantar e falar sobre a Copa do Mundo. Entre os muitos temas discutidos, a pressão da Fifa sob o governo.

Segundo o jornalista Juca Kfouri, do jornal Folha de S.Paulo, quando perguntada se Jérôme Valcke, secretário-geral da Fifa, e Joseph Blatter, presidente da entidade, seriam um peso para ela, a presidente foi direta: "ô, se são", disse.

A frase foi dita quando os jornalistas questionavam se as obras de mobilidade urbana estavam sendo feitas para a Copa. "Tirem o Blatter e o Valcke das minhas costas! Não tem nada a ver com a Copa, são obras para as cidades", disse Dilma.

A presidente ainda comentou sobre a situação dos clubes brasileiros que passam por grandes dificuldades financeiras. Segundo o jornalista Renato Maurício Prado, do Globo, que também estava presente no encontro, a presidente disse ser contra o perdão das dívidas e também a um novo parcelamento sem comprometimento.

"Não vou criar a Futebrás, mas o governo pode conduzir essa reforma e a modernização das gestões", disse em referência a possibilidade de criar uma estatal para salvar os times de futebol. 

A proposta de Dilma é de que, havendo um novo refinanciamento das dívidas, os clubes inadimplentes sejam punidos esportivamente.

"Podemos ajudar com o novo programa, mas exigindo um comportamento correto daqui pra frente. Quem não cumprir o combinado, deve perder pontos e pode até ser rebaixado ou excluído dos campeonatos", explicou.

Dilma ainda confessou aos jornalistas que também entrou na febre do álbum de figurinhas da Copa - e já até completou.