Brasil

Biden defende relações entre EUA e América Latina

"Não há nenhum parceiro mais significativo neste empenho que o Brasil", disse Biden no Rio de Janeiro, ao início de uma visita de três dias ao país

O vice-presidente dos Estados Unidos, Joseph Biden, no Rio de Janeiro: Biden destacou o conhecimento dos Estados Unidos na extração de petróleo em águas profundas, e garantiu que seu país está pronto para ser parceiro do Brasil nesta empreitada. (REUTERS/Pilar Olivares)

O vice-presidente dos Estados Unidos, Joseph Biden, no Rio de Janeiro: Biden destacou o conhecimento dos Estados Unidos na extração de petróleo em águas profundas, e garantiu que seu país está pronto para ser parceiro do Brasil nesta empreitada. (REUTERS/Pilar Olivares)

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Da Redação

Publicado em 29 de maio de 2013 às 14h20.

Rio de Janeiro - O vice-presidente dos Estados Unidos, Joseph Biden, disse nesta quarta-feira no Brasil que seu país tem o desejo de ampliar os vínculos com a América Latina e que existe oportunidade para se estabelecer "uma nova era" nas relações entre ambas as partes.

"Não há nenhum parceiro mais significativo neste empenho que o Brasil", disse Biden no Rio de Janeiro, ao início de uma visita de três dias ao país.

O vice-presidente disse ainda que existe "um novo sentimento de dinamismo nas Américas". Biden afirmou que Washington quer manter relações "mais profundas" com seus vizinhos do sul, em particular com o Brasil.

O político disse que o Brasil demonstrou que é falsa a alternativa oferecida em outros países deste hemisfério e do mundo entre democracia e desenvolvimento, embora não tenha citado nenhum deles .

Biden destacou o conhecimento dos Estados Unidos na extração de petróleo em águas profundas, como as grandes jazidas do pré-sal, e garantiu que seu país está pronto para ser parceiro do Brasil nesta empreitada.

Além disso, enalteceu a força econômica dos Estados Unidos após descobrir reservas de gás suficientes para abastecer seu consumo por um século. "Teremos independência energética", previu.


Atualmente, o comércio bilateral entre os dois países é de cerca de US$ 100 bilhões ao ano, segundo Biden, para quem "não há razão para que não chegue a US$ 400 bilhões ou US$ 500 bilhões".

"Sei que para muitos no Brasil, os Estados Unidos não começam com um histórico impecável, há boas razões para esse ceticismo, mas o mundo mudou, estamos superando alianças antigas, deixando para trás as velhas suspeitas", refletiu.

Nesse sentido, Biden defendeu um maior fluxo comercial e de investimento entre os dois países. Em política externa, Biden pediu que o Brasil assuma um papel mais ativo na promoção dos direitos humanos e da democracia no mundo. "O Brasil já não é um poder emergente, vocês emergiram e todo o mundo se deu conta disso", disse.

O vice-presidente se reunirá hoje no Rio de Janeiro com os dirigentes da Petrobras e com investidores e empresários no Parque Tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Biden visitará na quinta-feira uma favela do Rio de Janeiro, na qual conversará sobre as políticas de segurança que pacificaram diversas comunidades da cidade.

Na sexta-feira, em Brasília, o vice-presidente será recebido pela presidente do Brasil, Dilma Rousseff, e terá uma reunião de trabalho com o vice-presidente Michel Temer.

Biden concluirá sua visita com uma entrevista coletiva em Brasília, que será concedida ao lado de Temer. 

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