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BH decreta emergência por infestação do Aedes aegypti

Um dos motivos que levou a prefeitura a emitir o decreto foi a quantidade de ovos do mosquito encontrada no município


	Aedes aegypti: mosquito é responsável pela transmissão dos vírus da dengue, febre chikungunya e do Zika vírus
 (Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)

Aedes aegypti: mosquito é responsável pela transmissão dos vírus da dengue, febre chikungunya e do Zika vírus (Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)

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Da Redação

Publicado em 23 de dezembro de 2015 às 14h54.

Brasília - A prefeitura de Belo Horizonte decretou situação de emergência por causa da infestação do mosquito Aedes aegypti. O decreto foi publicado hoje (23) no Diário Oficial do Município (DOM) e já está em vigor, com validade de 180 dias.

Um dos motivos que levou a prefeitura a emitir o decreto foi a quantidade de ovos do mosquito encontrada no município.

“A gravidade da situação entomológica atual, fundamentada nos resultados do monitoramento sistemático de ovos de Aedes aegypti por meio de armadilhas que cobrem toda a área do município de Belo Horizonte, com uma densidade de 60 ovos por armadilha positiva”.

O documento leva em conta também que este período do ano propicia o aumento de infestação do mosquito, além de uma maior circulação de pessoas devido às férias escolares.

O decreto cria o Grupo Executivo para Intensificação do Combate ao Aedes aegypti, que deverá formular um plano de contingência.

O grupo vai contar com representantes de diferentes órgãos e entidades de áreas como educação, saúde e limpeza urbana. O documento recomenda também o reforço no combate a focos do mosquito.

O mosquito Aedes aegypti é responsável pela transmissão dos vírus da dengue, febre chikungunya e do vírus Zika.

Ontem (22), o Ministério da Saúde divulgou um boletim epidemiológico que mostra que foram notificados no país, até o último sábado (19), 2.782 casos suspeitos e 40 mortes possivelmente relacionadas ao Zika.

Os casos estão distribuídos em 618 municípios de 20 unidades da Federação. Os casos de microcefalia em todo o país aumentaram 16% em apenas uma semana.

Segundo comunicado da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, entre os dias 11 de novembro e 22 de dezembro, foram notificados 52 casos de microcefalia em 33 municípios mineiros.

Cerca de 23 casos estão sendo investigados para saber se há relação ou não com o vírus Zika. Mais 29 foram descartados.

De acordo com o Ministério da Saúde, em Minas Gerais, mais de 30 mil agentes comunitários de saúde e mais de 5 mil equipes de Saúde da Família passarão a trabalhar em 850 municípios para reduzir a incidência do mosquito. 

O estado com maior número de casos de microcefalia é Pernambuco: 1.031. Em seguida vem a Paraíba, com 429 e a Bahia, com 271.

O Ministério da Saúde alerta para a necessidade de reforçar o combate ao mosquito nas férias e festas de fim de ano, período marcado por chuvas em muitos estados e com maior circulação de pessoas.

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