Brasília - Beneficiários do Bolsa Família que não atualizarem as informações no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) poderão perder o benefício.

Termina hoje o prazo para a revisão dos dados: 59,5% das 1.663.596 famílias em situação irregular ainda não procuraram os responsáveis pelo programa em seus municípios, segundo últimos dados atualizados do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).

Essa revisão acontece anualmente. Verifica se as famílias, com cadastro desatualizado há mais de dois anos, ainda atendem aos critérios de participação no Programa Bolsa Família. Caso as informações não sejam atualizadas, os benefícios podem ser bloqueados e, posteriormente, cancelados. Segundo o MDS, as famílias que alcançarem renda per capita superior a R$ 140 por mês também terão seus benefícios cancelados, uma vez que já deixaram a situação de pobreza.

“Para evitar o bloqueio do benefício, a partir de janeiro, é muito importante que as famílias beneficiárias cumpram o prazo estabelecido pelo MDS”, alerta o secretário nacional de Renda de Cidadania do MDS, Luis Henrique Paiva. Ele lembra que objetivo da revisão é garantir a qualidade das informações das pessoas atendidas pelo Bolsa Família, além do cumprimento das regras do programa.

Atualmente, o Programa Bolsa Família atende a 13,8 milhões de famílias, o que equivale a 50 milhões de pessoas. No Nordeste, região com mais famílias em situação irregular, 55,5% dos beneficiários ainda não realizaram o recadastramento, a maior parte na Bahia, quase 125 mil famílias. Já no estado de São Paulo, mais de 146 mil poderão ter o benefício bloqueado em janeiro.

Para a revisão cadastral, as famílias devem levar alguns documentos pessoais do titular e dos membros da família, além de outros comprovantes. Segundo o MDS, as famílias que precisam participar do processo receberam mensagens nos extratos de pagamentos e cartas de convocação.