Brasil

Belo Monte pode ter restriçõesc om atraso em linha Abengoa

A obra foi paralisada no mês de dezembro após a matriz da Abengoa entrar com pedido preliminar de recuperação judicial na Espanha, diz relatório


	Belo Monte: , "a obra foi paralisada no mês de dezembro", após a matriz da Abengoa entrar com pedido preliminar de recuperação judicial na Espanha
 (Divulgação)

Belo Monte: , "a obra foi paralisada no mês de dezembro", após a matriz da Abengoa entrar com pedido preliminar de recuperação judicial na Espanha (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de dezembro de 2015 às 17h21.

São Paulo - A fiscalização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) já prevê que a hidrelétrica de Belo Monte, que será a terceira maior do mundo, deverá enfrentar "grande restrição na geração" devido ao atraso de linhas de transmissão que levariam energia da usina do Pará ao Nordeste, a cargo da espanhola Abengoa.

Segundo relatório da agência visto pela Reuters, "a obra foi paralisada no mês de dezembro", após a matriz da Abengoa entrar com pedido preliminar de recuperação judicial na Espanha, e com isso não deverá cumprir o cronograma necessário para garantir a geração de energia sem limitações na usina do Xingu.

"É bastante provável que haja restrição de geração (em Belo Monte) no período de novembro de 2016 a julho de 2017", destaca o documento da Aneel, que projeta a conclusão das linhas para o final de setembro de 2017.

O contrato de concessão do sistema de transmissão, assinado em agosto de 2013, previa a entrada em operação para agosto de 2016, um prazo já descartado pelo regulador.

Já a usina de Belo Monte, da Norte Energia, que tem como sócios Eletrobras, Cemig, Neoenergia [GNAN3B.SO] e Vale, entre outros, tem operação prevista para março de 2016, também segundo a Aneel.

O sistema de transmissão atualmente disponível na região de Belo Monte conseguiria escoar a geração máxima das turbinas somente até meados de 2016, segundo a Aneel, quando a linha da Abengoa passaria a ser necessária devido à gradual entrada de novas máquinas.

Outros dois linhões estão sendo construídos para escoar a energia da hidrelétrica, mas esses empreendimentos, em ultra-alta tensão, deverão estar prontos apenas em 2018 e 2019, segundo o relatório da Aneel.

As linhas da Abengoa, que deveriam ser as primeiras a ficar prontas, ainda não receberam sequer licença ambiental de instalação, necessária para o início das obras, com o Ibama, responsável pela liberação, tendo pedido estudos complementares antes de emitir a autorização.

Além disso, a Aneel registra que o projeto conseguiu apenas 25 por cento das liberações fundiárias até o momento.

Procurada, a Abengoa não comentou imediatamente.

Licitado pelo governo federal em 2013, o lote de estruturas necessárias ao escoamento da produção de Belo Monte inclui linhas com 1,7 mil quilômetros de extensão e uma subestação, e foi arrematado pela Abengoa na época com um deságio de 5 por cento ante a receita-teto estabelecida para o leilão.

Acompanhe tudo sobre:AneelBelo MonteCemigEletrobrasEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEnergiaEnergia elétricaEstatais brasileirasHoldingsServiçosUsinas

Mais de Brasil

Dino determina que cemitérios cobrem valores anteriores à privatização

STF forma maioria para permitir símbolos religiosos em prédios públicos

Governadores do Sul e do Sudeste criticam PEC da Segurança Pública proposta por governo Lula

Leilão de concessão da Nova Raposo recebe quatro propostas