Febre amarela: é o terceiro macaco encontrado morto em Belo Horizonte (Douglas Engle/Bloomberg)
Agência Brasil
Publicado em 13 de fevereiro de 2017 às 21h44.
Última atualização em 13 de fevereiro de 2017 às 22h39.
A prefeitura de Belo Horizonte anunciou hoje (13) a interdição do Parque Jacques Cousteau após encontrar um macaco morto no local.
Foram coletadas amostras de material biológico para analisar se o animal tinha febre amarela. O parque fica no bairro Betânica, na região oeste da capital mineira.
No seu entorno, também foram realizadas ações de zoonose para eliminar focos do mosquito Aedes aegypti, que pode transmitir a doença em áreas urbanas.
Este é o terceiro macaco encontrado morto em Belo Horizonte. Um deles teve diagnóstico positivo para febre amarela. Até o momento, não há registro de nenhum humano infectado na capital mineira.
No entanto, em todo o estado de Minas Gerais, já são 991 notificações, das quais 198 foram confirmadas e 57 foram descartadas. As demais seguem sob análise.
Diante do surgimento dos primatas mortos, a Secretaria de Saúde de Belo Horizonte vai reforçar a vacinação contra a febre amarela na capital.
Será instalado um posto extra para atender à população na região oeste da cidade. Novos postos para a imunização também serão criados nas regiões de Barreiro, Pampulha e Venda Nova.
As medidas pretendem reduzir a sobrecarga nos 150 centros de saúde da capital mineira.
Boletim da Secretaria de Saúde de Minas Gerais divulgado hoje (13) mostra que o número de mortes suspeitas da doença notificadas já chega a 169 no estado.
Dessas, 69 foram confirmadas. Ao todo, 39 municípios mineiros têm casos confirmados de febre amarela e em 75 há pacientes com suspeita.
Todos os casos confirmados até o momento são considerados de transmissão silvestre, ou seja, transmitido pelo mosquito Haemagogus.
Embora o Aedes aegypti possa atuar como vetor do vírus da febre amarela em cidades, não há evidências de que isto tenha ocorrido no atual surto.
O último registro de transmissão urbana da doença no Brasil, segundo o Ministério da Saúde, é de 1942.
De acordo com a secretaria de Saúde mineira, 65 municípios já confirmaram mortes de macacos por febre amarela e outros 27 analisam óbitos suspeitos. Além disso, 96 municípios investigam rumores de morte de macacos.