Brasil

Belchior e Coutinho integrarão comitê da Petrobras

A ministra e o presidente do BNDES são os novos membros do comitê de auditoria da estatal


	Belchior: a ministra é integrante do conselho de administração desde 2011
 (Antonio Cruz/Abr)

Belchior: a ministra é integrante do conselho de administração desde 2011 (Antonio Cruz/Abr)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de maio de 2014 às 15h00.

Rio - A Petrobras comunicou à SEC, órgão que regula as companhias abertas nos Estados Unidos, a nomeação da ministra Miriam Belchior e do presidente do BNDES, Luciano Coutinho, como novos membros do comitê de auditoria da estatal.

O comunicado com a nomeação dos novos integrantes foi encaminhado à comissão americana em abril. No País, as informações constam no formulário de referência, ainda não publicado pela estatal.

Os novos integrantes, ligados ao governo, substituem os representantes dos acionistas minoritários Mauro Cunha e Francisco Roberto de Albuquerque.

A alteração no comitê foi revelada nesta segunda-feira 26, em reportagem do jornal Valor Econômico. Segundo a reportagem, Cunha afirmou que foi "expelido" do comitê em retaliação por seus questionamentos sobre a conduta financeira da empresa e as denúncias relacionadas à compra da refinaria de Pasadena.

Ele foi o único a se opor, no conselho fiscal, à aprovação dos resultados de 2013.

O comitê de auditoria é formado por integrantes do conselho de administração da empresa. Sob suas atribuições estão a fiscalização e apoio ao trabalho do auditor independente da companhia, além de analisar as "demonstrações financeiras e a eficácia de nossos controles internos, à prestação de relatórios financeiros em consulta com os auditores", como informa o documento encaminhado à SEC.

A ministra do planejamento, Míriam Belchior, é integrante do conselho de administração desde 2011. Já Luciano Coutinho, desde 2008. Além deles, também compõe o comitê de auditoria o conselheiro Sergio Franklin Quintella, vice-presidente da FGV e integrante do órgão colegiado desde 2009.

Segundo o documento, todos os integrantes "atendem os requisitos de independência previstos".

Atualmente, a auditoria da Petrobras possui cinco comissões internas que investigam as recentes denúncias de irregularidades na estatal.

Uma delas, sobre a compra da refinaria de Pasadena, tem prazo de conclusão previsto para o dia 6 de junho, após ter sido prorrogado por trinta dias.

Também são analisados pela companhia denúncias e contratos referentes às obras de construção das refinarias de Abreu e Lima (Rnest) e Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).

As demais envolvem contratos com as empresa Astramarítima e Ecoglobal, firmados durante a gestão de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da empresa.

Todos os contratos sob apuração da auditoria interna compõem também o escopo das investigações da Polícia Federal durante a operação Lava Jato.

A PF indica a existência de uma "organização criminosa" liderada pelo doleiro Alberto Youssef que se valeria da proximidade com o ex-diretor da Petrobras para supostamente fraudar contratos com fornecedores da empresa. A suspeita é que o grupo tenha movimentado cerca de R$ 10 bilhões entre 2009 e 2013.

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasCombustíveisEconomistasEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasIndústria do petróleoIrregularidadesLuciano CoutinhoMiriam BelchiorPetrobrasPetróleoPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileiros

Mais de Brasil

O que acontece agora após indiciamento de Bolsonaro e os outros 36 por tentativa de golpe de Estado?

Inmet prevê chuvas intensas em 12 estados e emite alerta amerelo para "perigo potencial" nesta sexta

'Tentativa de qualquer atentado contra Estado de Direito já é crime consumado', diz Gilmar Mendes

Entenda o que é indiciamento, como o feito contra Bolsonaro e aliados