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Beira-Mar e Marcinho VP indiciados por ataques à ONG

A Polícia Civil do Rio pediu à Justiça a prisão de três traficantes acusados de envolvimento na recente onda de ataques ao AfroReggae


	Crianças do grupo AfroReggae: os dois indiciados já estão presos; o terceiro suspeito que teve a prisão pedida é Bruno Eduardo da Silva Procópio, o Piná, que está foragido
 (Wilson Dias/ABr)

Crianças do grupo AfroReggae: os dois indiciados já estão presos; o terceiro suspeito que teve a prisão pedida é Bruno Eduardo da Silva Procópio, o Piná, que está foragido (Wilson Dias/ABr)

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Da Redação

Publicado em 27 de agosto de 2013 às 13h46.

Rio - A Polícia Civil do Rio pediu à Justiça a prisão de três traficantes acusados de envolvimento na recente onda de ataques ao AfroReggae nos complexos do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio. Num intervalo de cerca de um mês, a ONG sofreu quatro ataques. Dois dos acusados já estão presos por outros crimes: Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, e Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP.

Apontados como chefes da facção Comando Vermelho, considerada a mais perigosa do Rio, os dois cumprem pena na penitenciária federal de segurança máxima de Catanduvas, no Paraná. A polícia também pediu à Justiça a permanência da dupla no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), durante o qual o preso não tem qualquer contato com outros detentos.

O terceiro suspeito que teve a prisão pedida é Bruno Eduardo da Silva Procópio, o Piná, que está foragido. O delegado Márcio Mendonça, da Delegacia de Combate às Drogas (DCOD), indiciou o trio pelo crime de associação para o tráfico de drogas. Três inquéritos que apuraram os ataques à ONG foram relatados nessa segunda-feira, 27.

Segundo Mendonça, Beira-Mar e Marcinho VP planejaram os ataques às sedes do AfroReggae durante uma conversa ocorrida em 10 de maio, no presídio federal de Catanduvas. Os dois conversaram no parlatório da penitenciária, após Beira-Mar conseguir autorização judicial para o encontro. Os dois ficaram separados por um vidro, e falaram por interfones. A conversa foi gravada.

Já Piná estaria envolvido nos ataques ao AfroReggae por, segundo as investigações, ser um dos chefes do tráfico no Complexo do Alemão que ainda está solto - apesar de as comunidades estarem ocupadas pelas forças de segurança desde novembro de 2010. Os complexos do Alemão e da Penha ganharam oito Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) em meados do ano passado.

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