Nova cédula de 500 reais: BC vai homenagear o animal típico das regiões agrárias brasileiras (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 1 de abril de 2012 às 14h17.
*Atualizada às 14h16
São Paulo – A reportagem publicada neste domingo por EXAME.com com o título “BC vai lançar nota de 500 reais” era uma brincadeira de 1º de abril. No texto, havia diversas pistas de que se tratava apenas de uma pegadinha do dia da mentira. A nova cédula teria a efígie de um jumento para homenagear o animal e seria tingida na cor de burro quando foge.
Ainda segundo a nota, o desenho da cédula teria sido criado pelo designer Joseph Geldmacher – em alemão, “geld” quer dizer dinheiro e “machen”, fazer. Veja abaixo a íntegra da nota publicada para lembrar o dia da mentira:
"O Banco Central vai lançar uma nova nota de 500 reais no segundo semestre. As cédulas, que já começaram a ser impressas pela Casa da Moeda, terão a efígie de um jumento e chegarão na cor de burro quando foge.
Para a confecção da nova nota, o BC contratou o renomado designer Joseph Geldmacher, alemão radicado no Brasil. Em entrevista a EXAME.com, ele afirmou que a ideia do banco era a de homenagear os jumentos, que vêm caindo em desuso no Brasil.
Conhecido por ser um animal de carga dócil e resistente, o jumento tem sido substituído por motocicletas em regiões agrárias de todo o país. Dados da Anfavea mostram que a frota de motos no Nordeste cresceu 486% na última década. Já o número de jumentos caiu de 7 milhões para 1,2 milhão desde 1967. Algumas cidades nordestinas estudam, inclusive, exportar 300.000 jumentos para a China, onde o animal serve para alimentar seres humanos.
Até o século 19, o animal de porte médio e orelhas longas da família dos equídeos (Equus asinus) teve um importante papel no desenvolvimento da economia porque permitiu o desbravamento das regiões brasileiras mais distantes do litoral. “Não dá para pensar no bandeirantismo nem no ciclo do ouro sem a presença das tropas de mulas e jumentos”, diz Geldmacher.
Para garantir que as novas cédulas serão estéreis como um burro, o BC está tomando uma série de cuidados. A Casa da Moeda investiu mais de 300 milhões de reais em novas máquinas que criarão notas praticamente irreplicáveis e inibirão falsificações.
As máquinas ultramodernas fizeram com que a figura do jumento e as demais inscrições da nota se tornassem mais precisas. As notas também terão tamanhos diferenciados, o que inibe a fabricação irregular por lavagem química."