Brasil

BC projeta dívida pública de 40,3% do PIB em 2010

Estimativa oficial tinha ficado anteriormente em 40% do PIB

Palácio da Alvorada: previsão do BC é de que a dívida caia a 37,8% do PIB no fim de 2011 (Ricardo Stuckert/Presidência da República)

Palácio da Alvorada: previsão do BC é de que a dívida caia a 37,8% do PIB no fim de 2011 (Ricardo Stuckert/Presidência da República)

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Da Redação

Publicado em 29 de dezembro de 2010 às 12h00.

Brasília - O chefe-adjunto do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Túlio Maciel, anunciou o aumento da previsão para o patamar da dívida líquida do setor público em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) em 2010. De acordo com números apresentados nesta manhã, a estimativa oficial para o indicador subiu de 40% do PIB para 40,3% no fim de dezembro deste ano.

Apesar desse aumento da estimativa, Maciel chama a atenção para o fato de que a trajetória do indicador tem sido de queda ao longo dos últimos anos. Para 2011, a trajetória deve se repetir, uma vez que a previsão oficial do BC é de que a dívida recue para 37,8% do PIB no fim do próximo ano.

Durante a entrevista, Maciel comentou que há expectativa de que o governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) cumpra a meta de 2,15% do PIB para 2010. Nos 12 meses até novembro, o superávit primário dessa esfera soma 1,80% do PIB. “Esperamos um resultado bastante favorável em dezembro e que vai elevar o patamar do superávit primário em relação ao PIB. Esperamos que eleve significativamente até o fim do ano”, disse. “O governo central tem situação mais confortável que os governos regionais”.

O superávit primário representa a economia feita para o pagamento dos juros da dívida pública. Maciel explicou que Estados e municípios ainda sofrem alguns efeitos da crise financeira no que diz respeito à arrecadação. Ao mesmo tempo, foi observado aumento dos gastos nos últimos meses. Diante da possibilidade de que Estados e municípios não cumpram a meta, ele ressaltou que “o governo tem a prerrogativa de abater investimento do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento)”.

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