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BC muda regras para financiamento de carros

Pela nova regra, os bancos têm de reservar para cada R$ 100 de crédito R$ 16,50 de capital

Financiamento de carros teve regras mudadas, informou a equipe do BC (Antonio Cruz/AGÊNCIA BRASIL)

Financiamento de carros teve regras mudadas, informou a equipe do BC (Antonio Cruz/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2010 às 09h14.

Brasília - O diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Aldo Luiz Mendes, informou hoje que nas operações de financiamento de veículos com prazo superior a 60 meses, independentemente do valor da entrada dada pelo cliente, valerá a nova regra de requerimento de capital, anunciada hoje pela instituição, com o fator de ponderação de risco (FPR) de 150%. Pela essa regra, os bancos têm de reservar para cada R$ 100 de crédito R$ 16,50 de capital.

Aldo explicou que essa regra foi moldada a partir da avaliação de que há um aumento de risco de inadimplência nas operações de crédito com prazo mais longo. No caso especificamente de veículos, há um problema de descasamento ao longo do tempo, entre o valor da garantia (o próprio veículo) e o valor do saldo devedor, o que torna mais arriscado as operações de longo prazo.

Tanto Aldo como o chefe do Departamento de Normas do BC, Sérgio Odilon dos Anjos, enfatizaram que as iniciativas não impedem o mercado de continuar oferecendo crédito, mas estabelecem regras que buscam deixar mais seguro o sistema de financiamento. Aldo admitiu também que as medidas têm reflexos macroeconômicos.

Aldo informou que no caso da medida que reduz o porcentual de dedução nos depósitos compulsórios nas operações de compra de carteira, de 45% para 36%, o objetivo foi manter o mesmo valor monetário de dedução existente hoje, uma vez que, com a elevação do compulsório, anunciada hoje, se o porcentual de 45% fosse mantido, a possibilidade de dedução aumentaria.

Ele salientou que o governo decidiu prorrogar até 30 de junho do ano que vem a vigência dessa medida. "A medida tem se revelado boa para o sistema, tanto para grandes bancos como para os pequenos", afirmou. Questionado por que motivo não se adota permanentemente essa medida, Aldo disse que é melhor fazer avaliações periódicas a ter de promover futuras alterações de uma medida de caráter permanente.

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