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BC indica aumento dos juros para pessoas físicas em dezembro

Primeira semana do mês teve alta de 0,1% em relação a novembro

A taxa média de juros cobrada das pessoas físicas foi a 39,2% ao ano (Beatriz Albuquerque /Cláudia)

A taxa média de juros cobrada das pessoas físicas foi a 39,2% ao ano (Beatriz Albuquerque /Cláudia)

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Da Redação

Publicado em 23 de dezembro de 2010 às 12h16.

Brasília - A taxa média de juros cobrada das famílias (pessoas físicas) subiu neste mês nos sete primeiros dias úteis, em relação à taxa de novembro. O aumento foi de 0,1 ponto percentual (pp), de 39,1% para 39,2% ao ano, informou hoje (23) o chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Altamir Lopes.

No caso do crédito pessoal, incluídas as operações consignadas em folha de pagamento, o aumento foi de 1,2 pp subindo de 42% para 43,2% ao ano. No caso do financiamento de veículos, o aumento foi de 0,2 pp de 22,8% para 23% ao ano.

Segundo Lopes, esses aumentos podem ser indício de efeitos das medidas de restrição do crédito, anunciadas pelo BC, no dia 3 passado. Mas Lopes enfatizou que ainda é cedo para tirar conclusões, já que os dados das taxas de juros ainda são preliminares.

O BC aumentou o requerimento de capital das instituições financeiras de 11% para 16,5%. Isso significa que, para cada R$ 100 emprestados, o banco deverá ter R$ 16,5 e não mais R$ 11 para arcar com riscos. Para o crédito ao consumidor, a regra vale para os empréstimos com prazo superior a 24 meses. No caso do crédito consignado, a medida atinge operações com prazo superior a 36 meses.

No caso do financiamento de veículos, a alíquota incidirá quando o prazo de pagamento do empréstimo for de 24 a 36 meses, com entrada inferior a 20% do valor do bem. A regra também vale quando o prazo for de 36 a 48 meses e a entrada for inferior a 30% do valor do bem. Outra situação em que a regra passa a vigorar é nos casos de prazo de financiamento entre 48 e 60 meses, quando a entrada for inferior a 40% do valor do bem.

O BC também aumentou os depósitos compulsórios (recursos que as instituições financeiras são obrigadas a deixar depositadas no Banco Central), o que retira R$ 61 bilhões de circulação na economia e reduz a capacidade dos bancos de emprestarem dinheiro.

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