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BC corrige: déficit em conta bimestral é maior da série

O valor é maior para o mês de fevereiro desde 1947

Correção foi feita hoje pelo Banco Central (Divulgação/Banco Central)

Correção foi feita hoje pelo Banco Central (Divulgação/Banco Central)

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Da Redação

Publicado em 25 de março de 2011 às 14h08.

Brasília - O Banco Central corrigiu informação divulgada hoje e que consta em nota distribuída anteriormente pela Agência Estado. O déficit em conta corrente de fevereiro, que somou US$ 3,391 bilhões, foi o mais alto para o mês de fevereiro desde o início da série, em 1947 - e não desde 2007, como informado. Segue novamente a nota, corrigida:

O déficit em transações correntes do balanço de pagamentos do Brasil com o exterior no primeiro bimestre deste ano, de US$ 8,8 bilhões, é o maior da série para os dois primeiros meses do ano. A série do BC para este indicador teve início em 1947. Segundo informou hoje o chefe adjunto do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Túlio Maciel, o déficit de fevereiro, de US$ 3,391 bilhões, é o maior para o mês desde 1947.

Túlio Maciel avaliou que o resultado reflete sobretudo a piora da conta de serviços do balanço de pagamentos, que no mês de fevereiro apresentou o pior resultado para o mês da série. Pesaram para o resultado negativo da conta de serviços os gastos com transportes, viagens internacionais e aluguel de equipamentos. Para todos os três itens, o resultado de fevereiro foi o pior para o mês da série histórica. O economista disse ainda que o aumento das despesas de serviços reflete o ciclo econômico de maior crescimento.

Ele destacou, no entanto, que apesar do resultado negativo das contas externas, as condições de financiamento continuam muito favoráveis para o Brasil. Isso foi um dos motivos que fez o BC elevar em US$ 10 bilhões a estimativa de investimento estrangeiro direto (IED) no Brasil, que saiu de US$ 45 bilhões para US$ 55 bilhões em 2011. Maciel previu uma continuidade de fluxos positivos de IED para o Brasil.

Ele destacou ainda que a principal revisão das previsões do BC foi do superávit da balança comercial, que subiu de US$ 11 bilhões para US$ 15 bilhões. Ele atribuiu a mudança à expectativa de exportações mais robustas ao longo do ano. Ao comentar as notícias de que o governo poderá aumentar o IOF para as despesas com cartão de crédito no exterior em função do aumento desses gastos, ele disse que "o governo monitora e adota medidas se perceber distorções e excessos".

Maciel informou ainda que o fluxo de IED em março, até o dia 25, soma US$ 4,4 bilhões. Para o mês fechado, a previsão é de US$ 4,8 bilhões de IED. Ele destacou também que os investimentos em serviços de telecomunicações estão sendo o destaque em 2011, mas avaliou que tem havido uma disseminação dos investimentos. Para o déficit em conta corrente em março, Maciel estimou US$ 5,4 bilhões.

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