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Reforma trabalhista será votada pelo Senado hoje

As apostas do governo são de 50 votos favoráveis ao texto do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES)

Reforma trabalhista: governo quer mostrar que ainda tem força política. (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Reforma trabalhista: governo quer mostrar que ainda tem força política. (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 11 de julho de 2017 às 06h31.

Última atualização em 11 de julho de 2017 às 08h15.

Pendurado pelos fios da pinguela, o governo Michel Temer deve ter uma conquista a comemorar nesta terça-feira. A reforma trabalhista será votada pelo Senado Federal e todos os prognósticos apontam para a aprovação. A sessão foi convocada para as 11 horas, e o governo precisa de pelo menos 41 votos. As apostas do governo são de 50 votos favoráveis ao texto do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), relator da matéria na Comissão de Assuntos Econômicos, que autoriza a flexibilização da CLT, acaba com o imposto sindical e dá poder aos acordos entre funcionários e empregadores. Dali, o texto segue para a sanção presidencial de Temer.

A aprovação da reforma trabalhista deve ser usada pelo governo para mostrar que ainda tem força política. A pauta é cara aos empresários, um dos únicos grupos da sociedade civil que resguardam algum apoio a Temer, e aos parlamentares da base aliada. O PSDB, maior partido aliado, realizou na noite desta segunda-feira uma reunião para definir sua saída da base, mas adiou a decisão por conta do risco de a reforma trabalhista não sair.

Mas a reforma pode trazer surpresas para o Planalto. Temer conseguiu apoio irrestrito dos aliados sob a promessa de que editará medidas provisórias para modificar partes polêmicas do projeto de lei. Foi uma forma de agilizar a tramitação, já que uma mudança de texto no Senado faria o PL voltar a ser apreciado pela Câmara. Com o futuro nebuloso do governo, a oposição pretende levantar a questão de que Temer pode ser afastado do cargo e não cumprir com o prometido. Para o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), não há “garantia” de que o governo esteja de pé até o final das próximas duas semanas.

O argumento perde força pela provável duração do processo contra o presidente, que tem tudo para se alongar para além do recesso parlamentar, que começa no dia 18. Nesta terça, a Câmara passa pelo primeiro dia de vista do relatório de Sergio Zveiter (PMDB-RJ), que recomendou ontem a continuidade da denúncia contra o presidente. Pela pressa do Executivo, a sanção  não deve tardar.

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