Brasil

Base reage à pressão de Alves no Código de Mineração

Líderes do governo reagiram à pressão do presidente da Câmara para que o governo retire a urgência constitucional do novo código


	José Guimarães: líder do PT na Câmara chamou a atenção para qualquer tentativa de radicalismo por parte do Parlamento
 (Luis Macedo/Câmara dos Deputados)

José Guimarães: líder do PT na Câmara chamou a atenção para qualquer tentativa de radicalismo por parte do Parlamento (Luis Macedo/Câmara dos Deputados)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2013 às 20h23.

Brasília - Líderes da base do governo na Câmara dos Deputados reagiram à pressão do presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), para que o governo retire a urgência constitucional do novo Código de Mineração. Com o apoio de governadores de Estados produtores de minérios, entre eles o tucano Antonio Anastasia (MG), Alves apelará mais uma vez ao Palácio do Planalto, usando o argumento de que o projeto tranca a pauta de votações importantes na Casa há mais de um mês.

O líder do PT na Câmara, José Guimarães, chamou a atenção para qualquer tentativa de radicalismo por parte do Parlamento. O líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR), chegou a dizer que Alves aguardaria uma posição do governo até esta quarta-feira, 18. "O governo não aceita essa história de ultimato. Eu ponderei que o melhor caminho é o diálogo. O embate dá zero a zero, isso já está provado", afirmou Guimarães.

O petista lembrou que o Executivo era criticado por "governar por Medida Provisória", que a presidente Dilma Rousseff foi convencida pelos parlamentares a enviar projetos em caráter de urgência constitucional e atacou os que agora reclamam do sistema. "Agora tem que mudar?", protestou. O petista afirmou que a sigla não concordará com qualquer tentativa de votação do Código de Mineração com o objetivo de simplesmente derrubá-lo e criticou a morosidade da Casa em aprovar a proposta. "É só a Casa agilizar a tramitação da matéria. Por que o relator precisa passar 60 dias com a matéria dormitando na gaveta? Tem de ser ligeiro", cobrou.

Já o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse que vai procurar saber se a iniciativa de Alves tem alguma contrapartida por parte do Parlamento, entre elas a votação da Reforma Política. "Não é algo solteiro, tem de ser casado", defendeu.

FGTS

Sobre a votação dos vetos presidenciais, Chinaglia admitiu que a base aliada está dividida, mas que o governo ainda trabalha para convencer os aliados a manter o veto ao projeto que acaba com a multa adicional de 10% do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para demissões imotivadas. A sessão conjunta do Congresso será nesta terça à noite.

Para o líder, ao manter o veto, os parlamentares fazem justiça social e inibem a rotatividade de trabalhadores nas empresas. Chinaglia considerou "boa" a proposta do governo de vincular os recursos para o programa Minha Casa Minha Vida, o que, em sua avaliação, é um argumento forte para manter o veto.

Chinaglia, no entanto, alfinetou alguns partidos da base que ameaçam votar pela derrubada do veto. Ele disse que não se surpreende com a posição dos partidos ligados ideologicamente com o empresariado (entre eles o PSD), mas demonstrou desconforto com outras siglas. "A eventual surpresa são os partidos que se aliam no campo dos progressistas. Aí me surpreende."

Acompanhe tudo sobre:Câmara dos DeputadosHenrique AlvesMDB – Movimento Democrático BrasileiroPolíticaPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileiros

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas