Brasil

Base não dá quórum e evita votar quebras de sigilo na CPMI

No total, havia mais de 300 requerimentos prontos para serem votados nesta tarde


	Vital do Rêgo: ele esperou meia hora para garantir quórum mínimo de 17 parlamentares
 (Lia de Paula/Agência Senado)

Vital do Rêgo: ele esperou meia hora para garantir quórum mínimo de 17 parlamentares (Lia de Paula/Agência Senado)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de junho de 2014 às 17h17.

Brasília - Num movimento ensaiado, a base aliada desistiu de comparecer à sessão da CPI mista da Petrobras, o que, na prática, evitou se realizar a sessão de votação de requerimentos que poderia votar as quebras de sigilo fiscal, bancário e telefônico do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor de abastecimento da petroleira, Paulo Roberto Costa.

Os dois estão presos e são investigados pela Polícia Federal no curso da Operação Lava Jato.

Além do acesso aos dados de ambos, constavam na pauta da reunião pedido de envio de documentos que hoje estão no Tribunal de Contas da União (TCU) e das atas taquigráficas das reuniões do Conselho de Administração da Petrobras entre 2005 e 2013.

Os parlamentares também podiam analisar um requerimento para a convocação do ministro da Fazenda, Guido Mantega, para falar sobre as suspeitas de superfaturamento envolvendo a refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), e a refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco.

No total, havia mais de 300 requerimentos prontos para serem votados nesta tarde.

O presidente da CPI Mista da Petrobras, Vital do Rêgo (PMDB-PB), esperou meia hora para garantir o quórum mínimo de 17 parlamentares previsto no regimento para se votar os requerimentos.

Não havia sequer quórum para abrir os trabalhos. Contudo, subscreveram a lista de presença apenas 10 parlamentares: os senadores Vital do Rêgo, Alvaro Dias (PSDB-PR), e os deputados Marco Maia (PT-RS), que é relator da CPI, Bernardo Santana (PR-MG), Julio Delgado (PSB-MG), Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), João Magalhães (PMDB-MG), Izalci (PSDB-DF), Marcos Rogério (PDT-RO) e Rubens Bueno (PPS-PR).

Instalada após uma série de acusações de corrupção envolverem a Petrobras, a CPI mista já aprovou a convocação em suas primeiras sessões, como Paulo Roberto Costa, Alberto Youssef e do ex-diretor da área internacional da estatal Nestor Cerveró.

A presidente da estatal, Graça Foster, e seu antecessor no cargo, José Sergio Gabrielli, também foram chamados.

Desses nomes, apenas a atual presidente da petroleira já prestou depoimento na comissão mista. A CPI mista marcou o depoimento do ex-presidente da Petrobras para a próxima quarta-feira.

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasCongressoEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasGás e combustíveisGovernoIndústria do petróleoIrregularidadesPetrobrasPetróleoTCU

Mais de Brasil

Novo boletim médico de Lula aponta quadro "estável" e necessidade de novo exame em três dias

Lula faz novos exames de imagem 12 dias após acidente doméstico no Alvorada