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Barusco disse que começou receber propina da SBM em 1997

Ex-gerente da Petrobras detalhou em depoimento o início da cobrança de propina, dizendo que começou a receber os pagamentos em 1997 ou 1998


	Sede da Petrobras: Barusco relatou a sistemátiva da cobrança de propina
 (Sergio Moraes/Reuters)

Sede da Petrobras: Barusco relatou a sistemátiva da cobrança de propina (Sergio Moraes/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2015 às 20h50.

O ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco detalhou em depoimento de delação premiada na Operação Lava Jato como começou a cobrar propina de empresas que pretendiam firmar contratos com a Petrobras. Barusco disse que começou a receber os pagamentos indevidos em 1997 ou 1998 da empresa holandesa SBM, quando ocupava o cargo de gerente de Tecnologia de Inslações.

Aos investigadores, Barusco relatou a sistemátiva da cobrança de propina. Ele disse que tinha relação próxima com Júlio Faerman, representante da SBM, e a iniciativa de fazer os negócios com cobrança de propina partiu de ambas as partes.

Conforme o depoimento, os pagamentos variavam de acordo com o valor do contrato, ficando entre U$ 25 milhões e U$ 50 milhões. Entre as obras que tiveram pagamentos ilegais, o ex-diretor citou um acordo, firmado em 1997 ou 1998, para o fornecimento de um navio para a Transpetro.

As declarações de Barusco foram divulgadas após decisão do juiz federal Sérgio Moro, que retirou o sigilo das investigações da nona fase da Operação Lava Jato, iniciada hoje (5).

A Agência Brasil não conseguiu entrar em contato com os representantes da SBM no Brasil. 

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