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Barroso intima Segovia para confirmar declarações sobre Temer

Ministro do STF convocou o diretor da PF a prestar esclarecimentos porque o inquérito sobre Temer ainda está em andamento

Brasília - O Supremo Tribunal Federal (STF), inicia sessão na qual será julgada a restrição ao foro privilegiado para parlamentares e ministros, em 23/11/2017 (Antônio Cruz/Agência Brasil) (Antônio Cruz/Agência Brasil/Agência Brasil)

Brasília - O Supremo Tribunal Federal (STF), inicia sessão na qual será julgada a restrição ao foro privilegiado para parlamentares e ministros, em 23/11/2017 (Antônio Cruz/Agência Brasil) (Antônio Cruz/Agência Brasil/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de fevereiro de 2018 às 14h28.

Brasília - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso determinou, em pleno sábado de carnaval, que o diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, seja intimado a prestar esclarecimentos. À agência Reuters, Segovia afirmou que a tendência é que o inquérito contra o presidente Michel Temer sobre os Portos seja arquivado.

"Tendo em vista que tal conduta, se confirmada, é manifestamente imprópria e pode, em tese, caracterizar infração administrativa e até mesmo penal, determino a intimação do Senhor Diretor da Polícia Federal, delegado Fernando Segovia, para que confirme as declarações que foram publicadas, preste os esclarecimentos que lhe pareçam próprios e se abstenha de novas manifestações a respeito", diz o despacho de Barroso.

O ministro também pede que o Ministério Público Federal, como órgão de controle externo das atividades policiais, também tome as providências "que entender cabíveis".

No despacho, Barroso lembra que o inquérito contra Temer ainda não foi concluído, que Segovia sinaliza para a possibilidade de punição ao delegado Cleyber Malta Lopes (que conduz o inquérito), que diligências ainda estão em curso "razão pela qual não devem ser objeto de comentários públicos" e que Segovia ainda não recebeu o relatório do delegado responsável, parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) ou qualquer manifestação oficial dele, que é o relator do caso na Corte.

Em entrevista, o chefe da PF afirmou que não foram encontradas, até o momento, provas sobre o pagamento de propina por parte da empresa Rodrimar para Temer.

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