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Barroso: caso Moro é ação criminosa de violação de comunicação privada

Ministro do STF também criticou funcionamento do Poder Judiciário, afirmando que o sistema é caro e presta "serviço muito ruim"

Barroso: ministro criticou a atuação do Poder Judiciário (Ueslei Marcelino/Reuters)

Barroso: ministro criticou a atuação do Poder Judiciário (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de julho de 2019 às 21h14.

São Paulo - O ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), não quis comentar as supostas trocas de mensagens entre o ministro da Justiça, Sergio Moro, quando era juiz da Lava Jato, com procuradores da operação. No entanto, criticou a invasão dos dados por parte de hackers.

"(Não vou comentar) porque juiz fala ao final, não fala no início nem no meio, mas houve clara ação criminosa de violação de comunicação privada", disse o ministro, que participa de evento da XP Investimentos. "Sem querer fulanizar, gostaria de saber qual emprego ou família se sustentaria com dois anos de violação de comunicação privada", acrescentou.

Em seguida, Barroso disse que é preciso colocar o Poder Judiciário no debate público. "O Judiciário é um corpo técnico qualificado, com pessoas recrutadas por concursos públicos sérios, mas o sistema é muito ruim, é caro e presta serviço muito ruim, temos de acabar com a naturalização de processos que levam dez anos", disse.

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