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Ministro Joaquim Barbosa vira arma eleitoral em Minas Gerais

O relator do processo do mensalão é alvo de ambição até do candidato do PT, Almir Paraca

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa (José Cruz/Agência Brasil)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa (José Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2012 às 19h31.

Brasília - A disputa pela prefeitura de Paracatu, no noroeste mineiro, tem um ponto de convergência entre candidatos do município: conseguir pegar carona na popularidade do ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa, nascido e criado até os 16 anos na cidade. Para isso, prometem, se eleitos, prestar a ao ministro algum tipo de homenagem, como erguer uma estátua dele, por exemplo.

Considerado algoz dos petistas, o relator do mensalão é alvo de ambição até do candidato do PT, Almir Paraca. Preocupado com o esgotamento, previsto para daqui a 30 anos, da mina de ouro que sustenta a economia do município, O plano de governo de Paraca envolve em cheio o ministro. "Trabalharei para diversificar a economia da cidade, investindo no turismo. E ninguém melhor que Joaquim Barbosa para ajudar a divulgar as nossas belezas históricas. Principalmente em Brasília, onde as pessoas têm dinheiro", afirmou o petista, que diz ter ajudado na indicação de Barbosa ao STF. Segundo Paraca, o "mensalão" não entrou na campanha local.

O ex-jogador do Palmeiras e candidato a vereador Dario Alegria (PSB) é "primo distante" de Barbosa. O site de sua campanha exibe uma frase de apoio do parente celebridade: "Você, Dario, tem que ser um bom vereador pois você servirá de exemplo para todos como foi no futebol". Em retribuição, o candidato promete, caso conquiste uma cadeira no Legislativo municipal, propor a construção de uma estátua do ministro. "Porque ele é um orgulho, um exemplo para a cidade." Outro prefeiturável, Dr. Bebeto (PTB) promete homenagear o ministro com um busto. "É uma ótima pedida."

Atualmente, Barbosa é pouco visto na cidade. Apesar de ser motivo de orgulho, ele deixou chateado os passistas de uma escola de samba da cidade. No ano passado, o ministro foi o tema do desfile, mas não compareceu nem mandou agradecer a homenagem. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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